Daqui a quatro meses, o Brasil vai escolher entre a democracia e o golpismo

Foto: Arquivo
Daqui a quatro meses, o Brasil vai escolher entre a democracia e o golpismo
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Hoje é quinta-feira, dois de junho. Daqui a quatro meses, exatos 123 dias, o Brasil terá eleição presidencial. Mais do que a eleição de Lula ou a reeleição de Bolsonaro, o que estará em jogo, no dia dois de outubro, é a escolha entre a democracia e o golpismo.

Não sou lulista. Não sou petista. Os haters de ultradireita que fazem comentários na minha coluna jamais vão entender. Já votei em Lula, já votei em Fernando Henrique Cardoso e continuo achando que os dois são figuras fundamentais na reconstrução da nossa democracia.

A questão é que o cenário que se tem para a eleição de outubro – salvo uma grande mudança que não parece estar no roteiro – é este: ou Lula ou Bolsonaro. E aí ninguém venha dizer que os dois são a mesma coisa, só que em polos opostos. Não são. É só comparar como cada um se conduziu governando o Brasil.

Lula luta para voltar ao poder. Lula tem apetite para governar. Bolsonaro luta para se manter no poder. Bolsonaro não tem apetite para governar. Lula usa as armas do jogo democrático para assegurar a governabilidade. Bolsonaro entrega o governo ao Centrão e sai por aí, sem capacete, comandando motociatas.

Faz 20 anos que Lula foi eleito presidente pela primeira vez. Nessas duas décadas, o Brasil precisava ter construído lideranças para um enfrentamento como esse de 2022. Não o fez. Ouvi de um amigo e chamou minha atenção a definição de um psiquiatra: Bolsonaro é um psicopata perverso.

Lula está do lado da democracia. Pelo menos, a democracia do que jeito que esta tem sido possível no Brasil. Bolsonaro está do lado do golpismo. Se pudesse, não duvido de que se perpetuaria no poder. É o que está posto para o eleitor brasileiro na eleição de daqui a quatro meses. Veja de que lado você está.