CULTURA
Teatro em JP, CG e Sousa
Agenda de espetáculos traz duas peças em cartaz em João Pessoa, e outras duas no interior, em Campina Grande em Sousa; confira.
Publicado em 25/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 23/01/2024 às 12:02
A Semana Santa deu fôlego novo para a temporada teatral na Paraíba: a agenda de espetáculos registra a entrada de duas peças em cartaz hoje, em João Pessoa, e outras duas no interior, em Campina Grande em Sousa.
A grande novidade é a incursão multimídia da Suspensório Produções Artísticas pela dramaturgia de Bertold Brecht (1898-1956): Da Exceção à Regra, espetáculo sob a direção de Carlos Cartaxo, estreia no Teatro Lima Penante para quatro apresentações: hoje, em duas sessões, às 16h e 19h30; e amanhã, em mais duas, às 19h e 20h30. A entrada é gratuita.
Segundo Cartaxo, é a segunda vez que o grupo (que comemora três décadas de fundação este ano) encara o texto de Brecht. A adaptação de 2006, porém, não tinha a ambição atual de fundir teatro e cinema. "A ideia é promover uma experiência mista entre as duas mídias, misturando a bidimensionalidade do cinema com a tridimensionalidade do teatro", resume o diretor.
Não se trata somente de incluir projeções na montagem, mas de fazer com que o único ator em cena, Cleber Lima, interaja com os vídeos e com os outros sete atores que figuram neles. "Este recurso técnico eu nunca vi por aqui", arrisca Cartaxo. "Filmamos parte da peça em Jacumã e no auditório de uma faculdade de Direito, em João Pessoa."
É o auditório que abriga a famosa cena do julgamento da peça didática de Brecht em que um comerciante assassina o seu carregador e é inocentado de culpa pelo juiz. A montagem comemora os 30 anos do Suspensório, que foi fundado em 1984 e já acolheu em seu núcleo atores como Palmira Palhano, Mônica Macedo e Margarida Santos (hoje da Cia. Oxente) e diretores como Edilson Alves (hoje da Cia. Paraibana de Comédia).
NO INTERIOR
Citada na versão de Cartaxo como a Urga para onde comerciante e carregador partem em busca de petróleo, Sousa também figura no roteiro teatral com a passagem do espetáculo Decripolou Totepou pelo Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBN). O solo da atriz e palhaça pernambucana Odília Nunes faz três apresentações gratuitas: hoje, às 19h30; e amanhã, em duas sessões, às 16h e 19h30.
Na peça, Odília incorpora a palhaça Bandeira, que encanta o mundo com seus dotes de contadora de história, mágica e malabarista. Acometida por uma 'dor de boneca', ela interrompe a viagem até que reencontra o Sr. Messias, um velho amigo que vai ajudá-la a se curar do mal.
Outro solo que está em circulação e chega agora a Campina Grande é o clássico As Mãos de Eurídice, que celebra o centenário de nascimento e a primeira década de morte do dramaturgo Pedro Bloch (1914-2004). Depois de algumas apresentações no Brejo, o monólogo com o ator Jucinaldo Pereira, do Grupo Muladhara de Teatro, faz única noite na Casa Memorial Severino Cabral. A apresentação será hoje, 18h e a entrada é gratuita.
A GAIVOTA POUSA
Por último, não menos importante é o retorno do Grupo Piollin à casa após breve pausa no Projeto Circuito Piollin, que teve festejada participação no Dia Mundial do Teatro, em Campina Grande, e foi aplaudido no Teatro Hermilo Borba Filho, no Recife (PE).
Oito anos à frente da data de estreia de A Gaivota: Alguns Rascunhos em João Pessoa, o espetáculo dirigido pelo carioca Haroldo Rêgo reestreia em João Pessoa para três apresentações: hoje, amanhã e domingo, sempre às 20h. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).
A partir da próxima segunda-feira, o ator João Paulo Soares realiza um curso de processos criativos voltados para o Teatro no Piollin. O curso irá durar três meses. Informações no telefone: (83) 3241-6343.
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