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CULTURA

Um encontro com o passado musical

Disco 'Um Olhar Sobre VIlla-Lobos' produzido pelo carioca Mário Adnet, recupera a obra de um dos maiores nomes da música brasileira.

Publicado em 07/12/2012 às 6:00


Mais que arejar as partituras do "compositor que musicalizou o Brasil", Um Olhar Sobre Villa-Lobos (Borandá, R$ 43,00), nova empreitada do incansável Mario Adnet, propôs ao arranjador e violonista carioca a recuperação de um passado musical quase familiar.

"Na época do ginásio, minha mãe tinha a matéria do canto orfeônico no colégio", revela Adnet ao JORNAL DA PARAÍBA. Por tabela, o pequeno Mario cresceu ouvindo a obra do maestro. "Ela teve como professora a irmã da Mindinha, a segunda mulher do Villa-Lobos, que foi quem botou ele pra frente".

Segundo Adnet, Villa-Lobos acreditava que o canto orfeônico apuraria o gosto musical do brasileiro: "E ele tinha razão. Morreu em 1959 e a geração que veio em 1960 foi fortíssima, com Tom Jobim e uma infinidade de gente que ficou na música brasileira".

Parte dessa gente está reunida em Um Olhar Sobre Villa-Lobos, disco que conta com a participação, por exemplo, de Edu Lobo e Milton Nascimento, dois produtos diretos dos anos 1960.

"Botei nesse projeto dois patrimônios da nossa música", elogia Adnet, que escalou Edu para cantar 'O trenzinho do caipira' e fazer dueto com Mônica Salmaso em 'Caicó'. Milton entrou em 'Ária (Cantilena)', primeiro movimento das Bachianas Brasileiras nº 5.

"A escolha da gente foi totalmente estética. Villa-Lobos tinha uma modernidade danada. Eu e minha filha (Joana Adnet, que ajudou na seleção do repertório) queríamos algo colorido, que trouxesse um frescor novo e tornasse a música dele mais cristalina para os ouvintes de hoje. Quando fomos ver, no final, tínhamos contemplado várias fases de sua obra, do início ao final da carreira", sublinha.

À parceira Mônica Salmaso, foi proposto mais um desafio: dar uma roupagem popular a 'Dança (Martelo)', segundo movimento das Bachianas. "Quando criança, eu morria de rir ouvindo essa música", lembra Adnet. "Era geralmente uma cantora lírica estrangeira que cantava aos tímpanos, explodindo o vibrato e encobrindo todo o arranjo lá embaixo. A Mônica conseguiu mostrar o que há ali de mais bonito e pujante".

Participam ainda do disco a irmã Muiza Adnet, Paulo Santoro e Yamandu Costa. Para o próximo ano, Mario quer colher os louros de um 2012 mais do que produtivo: "As pessoas já estão até reclamando que eu não paro de lançar discos. Preciso começar a apresentá-los ao vivo".

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Jornal da Paraíba

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