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CULTURA

Versão baiana do 'Fausto'

Espetáculo 'Sebastião' estreia nesta nesta sexta-feira (15) em João Pessoa;  apresentações acontecem no Centro Cultural Piollin.

Publicado em 15/11/2013 às 6:00

Em uma tarde de março de 2007, os habitantes do município de São Sebastião do Passé (61 quilômetros de Salvador) foram surpreendidos com o barulho de um avião bimotor que rasgou o horizonte e foi despencar nas imediações de uma fazenda.

Os primeiros que chegaram ao local do acidente viram quatro corpos misturados aos destroços e um malote de quase R$ 6 milhões: o desastre é o tema do espetáculo Sebastião, que estreia hoje em João Pessoa.

“Quando eu fui conhecer o local, eu não parava de pensar em como reagiu a primeira pessoa a olhar para o céu e ver o avião caindo”, conta ator Fábio Vidal, da Território Sírius Teatro, que apresenta o solo hoje, amanhã e domingo, no Centro Cultural Piollin, Róger, sempre às 20h, com ingressos a R$ 2,00.

Segundo o autor, encenador e dramaturgo, a primeira etapa do processo de criação do texto foi elaborar um dossiê jornalístico com matérias que saíram na impressa 30 dias antes e depois do acidente.

“Dois anos depois do ocorrido, as pessoas ainda tinham medo do que aconteceu. Há relatos de pessoas que foram sequestradas e sofreram violência de bandidos para revelarem onde tinham escondido o dinheiro saqueado”, conta Vidal, que criou um personagem fictício para relatar as histórias que colheu.

Sebastião (nome que remete ao título do espetáculo e à cidade onde teve lugar o fato) é um protagonista no limite: endividado, ele faz um pacto com o demônio e logo é ‘presenteado’ com a fortuna que caiu do céu com o avião.

“Ele é uma versão brasileira do Fausto”, explica Vidal, referindo-se ao mito do médico alemão que faz um trato com Mefistófeles. “Apesar de enriquecer, a vida de Sebastião só piora, porque ele enriquece, mas perde a sua tranquilidade e a paz”.

Reflexões de ordem filosófica sobre a ética, a usura e a inveja ganham espaço em uma montagem que tem a fisicalidade como ponto principal. “São vários personagens que ganham voz a partir de Sebastião, todos com verbos e gestos particulares”, diz Fábio Vidal.

O ator da Território Sírius ministra um workshop para artistas locais durante a passagem pela Paraíba.

Imagem

Jornal da Paraíba

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