Diante do panorama de incertezas vivido na economia mundial e de perdas acumuladas na Bolsa de Valores, o volume de movimentações financeiras realizadas pelos investidores paraibanos sofreu uma queda de 3,2% de agosto para setembro, passando de R$ 172,548 milhões para R$ 166,9 milhões, segundo levantamento mensal da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).
Mesmo com a queda, a posição da Paraíba no total de movimentações não foi alterada e os investidores do Estado movimentaram o correspondente a 0,18% do total das negociações em todo o país (R$ 92,779 bi). A Bovespa encerrou o mês de setembro com uma queda acumulada de 7,38%. O desempenho mensal é o pior do mercado financeiro deste ano e as perdas de janeiro a setembro já somam 24,50%.
Para especialistas em investimentos, a retração na movimentação pode ser considerada normal. Segundo o consultor Eduardo Malheiros, da Futura Investimentos, a diminuição foi observada em todo o país.
“Com as ações em baixa, as pessoas vendem e compram menos na Bolsa. Esta queda é observada de maneira geral, não é algo específico dos investidores paraibanos”, salientou.
Por outro lado, a quantidade de paraibanos com ações na Bolsa se manteve praticamente estável, passando de 2.729 em agosto para 2.727 no mês passado. Com isto, o estado continua na 16ª colocação do país em quantidade de pessoas que possuem ações na Bolsa.
Para o sócio-diretor da Sir Investimentos, Sérgio Guedes, neste momento a maior parte dos investidores está aguardando a recuperação das ações e por isto é natural que o volume movimentado sofra uma redução. “Quando o mercado recua, a maioria dos investidores diminui o volume de vendas para esperar a recuperação das ações. É isto o que o investidor paraibano está fazendo neste momento, por isto houve redução no volume movimentado”, explicou.
Para quem ainda está pensando em começar a investir na Bolsa, o conselho dos especialistas neste momento é buscar ações de empresas que atuam no mercado interno. “Como a crise econômica é externa, é aconselhável focar mais ações de empresas vinculadas ao mercado brasileiro”, aconselhou Guedes.
