Apesar de alguns indicadores apontarem para uma desaceleração da economia da cidade, do ponto de vista da participação do setor econômico do município no Estado, a quantidade de novas empresas abertas na cidade cresceu assustadoramente nos últimos 10 anos. No ano de 2001, conforme dados da Junta Comercial, foram criados 170 empreendimentos no município. Dez anos depois, em 2011, esse mesmo número saltou para 2.039 novos negócios formalizados.
O crescimento representa um aumento de 1.099%. O ‘salto’ foi maior, contudo, a partir de 2007, quando surgiram na cidade 367 novas empresas. “O crescimento econômico de Campina Grande nos últimos anos é fruto de políticas públicas implantadas pela gestão municipal. Esse bom momento vivido pela cidade tem atraído cada vez mais empreendimentos e gerando grande reconhecimento nacional”, assinalou o secretário de Desenvolvimento Econômico campinense, Gilson Lira.
Ano passado um estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) também revelou um cenário positivo para a economia campinense. A cidade teve um índice médio de desenvolvimento de 0,7393 – maior que o da Paraíba, que ficou em 0,6351 e maior que os de outros 19 estados brasileiros no ano de 2009 (inclusive maior que os índices dos 9 estados nordestinos). Em relação ao ano anterior, 2008, Campina apresentou aumento considerável em todos os indicadores: no geral, passou de 0,7097 para 0,7393. No detalhamento do índice, Campina ficou à frente da Paraíba nos três itens: Em Educação, a cidade apresentou índice 0,6762; enquanto a Paraíba apresentou 0,6394. Na Saúde, Campina Grande apresentou índice 0,7798 e a Paraíba 0,7723. Já no item Emprego e Renda, Campina Grande apresentou índice 0,7620 e a Paraíba 0,4937.
Além disso, em uma pesquisa realizada pela revista Você S/A, Campina apareceu entre as 100 melhores cidades do país para se fazer carreira; e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta a cidade como ‘A Melhor do Interior Nordestino para Trabalhar’. No ano passado, Campina Grande foi classificada entre as 45 cidades brasileiras com maior potencial de inovação, segundo levantamento feito pelo Instituto Inovação, Sebrae e IBGE.
Uma cena está se tornando cada vez mais comum na maior parte dos mais de 50 bairros de Campina Grande: a movimentação de pessoas provocadas pelo comércio e por pequenos empreendimentos.
Até mesmo comunidades antes consideradas periféricas, como é o caso dos bairros do Araxá e Jeremias, têm conseguido atrair a realização de bons negócios. Em alguns casos, os produtos que antes eram encontrados somente nos estabelecimentos comerciais localizados na área central da cidade agora estão bem mais perto do consumidor.
