Multifeira quer aquecer vendas

Multifeira ‘Brasil Mostra Brasil’ quer alavancar vendas no comércio e aumentar o faturamento em 7% sobre a edição de 2011.

O comércio em liquidação em João Pessoa ganha reforço da 18ª Brasil Mostra Brasil (BMB) para alavancar as vendas do setor no mês de julho. Depois de iniciar o ano em desaceleração, os comerciantes querem aproveitar a visita de 120 mil visitantes até o dia 15 deste mês para elevar as vendas. Segundo a organização, a expectativa é de crescimento de 7% sobre a edição do ano passado.

O evento, que começou ontem à tarde, acontece no Espaço Cultural José Lins do Rego e reúne mais de 350 empresas, gerando cerca de mil empregos diretos e indiretos.

Para o diretor da Brasil Mostra Brasil, Wilson Martinez, o público esperado para este ano não deverá superar aquele alcançado em 2011.

A razão seria as chuvas intensas na capital este ano, que ficaram concentradas nesse período. No entanto, o diretor acredita que o consumidor, todos os anos, se sente motivado a dar uma passadinha para conferir as novidades.

"A feira é diferenciada, por isso agrega-se ao momento de liquidações do comércio. Ela provoca o consumo, porque possui preços atrativos e variedade”, comentou.

A gerente da ECS computadores, Jeane Cavalcanti, concordou.
“Somos a única empresa de informática da feira neste ano.

Temos preços competitivos e por isso pretendemos superar em 80% as vendas do ano passado”, disse.

Para Evelyne Dantas, proprietária da Schox, que participa há quatro anos da feira, apesar de possuir lojas em shoppings, o evento ajudará a abrir o segundo semestre com estatísticas melhores. “No início deste ano, as vendas estavam meio frias.

Mas participar da feira, pela minha experiência, ajuda a divulgar a marca e a impulsionar o capital”, assegurou.

Além de utilidades, calçados, móveis, eletrodomésticos, portáteis, moda, bijuterias e serviços, a BMB agrega valores à cultura local com a presença do artesanato pessoense.

Dona Auxiliadora de Sousa confecciona almofadas de fuxico e diz estar satisfeita com a participação. “Para mim, ajuda no orçamento, além de ser um prazer”, afirma.

O empresário Sales Dantas relembrou que feiras semelhantes acontecem simultaneamente em Natal, no Rio Grande do Norte e em Olinda (Pernambuco). “Eles são diferentes, é verdade. No caso da pernambucana Fenearte, o capital investido é público.

Mas uma feira como esta movimenta o consumo, gera emprego e renda para a cidade sempre”, disse.

Wilson Martinez acrescentou que 80% do espaço da feira é ocupado por empresas privadas. “Nosso capital é privado, mas podemos dizer que, proporcionalmente, nossa BMB é maior do que as demais”, finalizou.