Com 56 anos, a comerciante Maria das Graças Andrade é um exemplo claro de que, o empreendedorismo não tem idade e pode modificar a vida das pessoas. O gênero feminino é um aliado em potencial. Mãe de dois filhos, há três anos ela teve a ideia de montar um pequeno negócio na própria residência, na travessa Nilo Peçanha, no bairro do São José, em Campina Grande. De lá, o empreendimento se expandiu e hoje o projeto dela está materializado em três lojas, que comercializam roupas e móveis já usados, os tradicionais ‘Brechós da Maria’.
Atualmente, os empreendimentos garantem uma renda líquida de cerca de R$ 2 mil por mês e uma verdadeira ‘terapia’ para a comerciante, que passa boa parte dos dias nos estabelecimentos. “Quando eu comecei era em uma mesinha que eu vendia. O pessoal lá de casa tinha algumas roupas usadas e eu aproveitei para fazer negócio. Começou tímido, mas foi aparecendo gente para comprar e até que hoje vivo de meu próprio negóciso”, conta Maria das Graças, que paga o aluguel das lojas e ainda uma funcionária.
Quem utiliza o ‘serviço’ para economizar um dinheiro extra, não perde a oportunidade de levar uma peça para casa. “As roupas aqui são novinhas, e a única diferença é só o preço. Aqui a gente compra por 20% do valor normalmente vendido em uma loja”, comentou a autônoma Eliane Basílio.
O potencial desse tipo de setor é grande, conforme os especialistas da área. De acordo com a interlocutora do projeto ‘Sebrae Mulher de Negócios, Nilvânia de Sousa Silva, em todo o Estado são cerca de 15 mil mulheres cadastradas atualmente como empreendedoras individuais, atuando nos mais diversos setores e segmentos da economia.
“A qualidade do potencial de nossas mulheres é excelente. Nós estamos na oitava edição do prêmio Sebrae Mulher de Negócios e a Paraíba esteve na final nacional em sete ocasiões. Mas ainda há muito a ser conquistado. As mulheres precisam perder a timidez e se revelarem como grandes empresárias que são”, avaliou Nilvânia de Sousa.
