PB é o 4º mais desigual em renda

Distribuição de renda na Paraíba é a quarta mais desigual do Brasil, de acordo com os dados do Censo 2010 divulgados pelo IBGE.

Em termos de rendimento, a Paraíba foi o quarto estado de maior desigualdade social no ano de 2010. A informação é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou na manhã de ontem dados do Censo 2010. De acordo com o levantamento, a Paraíba só perde para o Piauí, Sergipe e Distrito Federal no quesito.

Para calcular o nível de distribuição de renda nos estados, o IBGE levou em consideração o Índice de Gini, “cujo valor varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima)”, como explica o estudo. A Paraíba fechou o ano de 2010 com um índice de 0,563 de distribuição de renda, considerando as pessoas com mais de 10 anos de idade ocupadas na semana do levantamento e com rendimento advindo do trabalho. Em 2000, esse número foi de 0,603, o que demonstrou uma queda de 3,8% na desigualdade.

“Esse não é um problema da Paraíba, mas sim de todo o Nordeste, que é uma Região cuja parcela da renda destinada ao fator trabalho é baixa. Não temos grandes indústrias com alto nível de especialização e boa parte de nossa renda vai para o funcionalismo público nos três níveis de governo, o que concentra muito os rendimentos”, comentou o gerente do Departamento de Informações para o Planejamento do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba (Ideme), Geraldo Lopes.

Ainda de acordo com o IBGE, o Distrito Federal segue líder de desigualdade, com um índice calculado em 0,594, seguido do Piauí (0,569) e de Sergipe (0,564). Por outro lado, os estados de maior igualdade em rendimentos foram Santa Catarina (0,464), Mato Grosso (0,503) e Rio Grande do Sul (0,504). No Nordeste, o líder em igualdade é o Rio Grande do Norte (0,543).

“É um estado forte na cadeia produtiva do petróleo, que é uma atividade de grande peso e que deu um forte impulso na economia local. O turismo também influencia nisso por puxar consigo a atividade imobiliária e pelo fato do setor de serviços remunerar melhor”, disse.