Crise econômica faz cair a emissão de CNHs e licenciamentos

Dados do Detran mostram que, no comparativo entre 2016 e 2015, houve uma redução de 9% na emissão do documento. Receita do órgão também foi afetada.

Desejo da maioria dos jovens que chega aos 18 anos, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) tem ficado mais difícil em função da crise econômica que tem atingido o país. O Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB) registrou uma queda ma emissão do documento nos primeiros meses de 2016, o que tem prejudicado as receitas do órgão. Além disso, também tem sido registrada uma redução na quantidade de licenciamentos.

O superintendente do Detran-PB, Aristeu Chaves, afirmou que no comparativo entre os três primeiros meses do ano e o mesmo período de 2015 foi registrada uma queda de aproximadamente 9% em emissão de CNHs no Estado. Quando a comparação é com 2014, a redução é ainda maior, chegando a 18%.

“Hoje, o candidato para tirar CNH tem que investir de R$ 1,2 mil a R$ 1,4 mil, que ele vai pagar a maior parte no Centro de Formação de Condutores. Não deixa de ser um investimento alto a aquisição de CNH. Como caiu o poder aquisitivo das pessoas, naturalmente caiu a procura pelo documento”, afirmou Aristeu.

O superintendente também ressaltou que caiu cerca de 40% a quantidade de registros de primeiro emplacamento no Detran. O índice é um espelho do desempenho das vendas do setor, que caíram na mesma proporção em todo o país.

Outro problema gerado pela crise foi o aumento dos inadimplentes no Detran. O órgão tinha uma média de 18% de inadimplência para automóveis e 48%, para motos. Os percentuais aumentaram para 20% e 50%, respectivamente.

Aristeu Chaves ressaltou que não contabilizou o montante do prejuízo que o Detran está tendo com queda nesses segmentos, mas garantiu que é uma queda considerável. “As nossas principais receitas são: em primeiro lugar, o registro e licenciamento de veículos; a segunda é com a emissão e renovação de CNH; e a terceira é com a vistoria veicular. Então, temos uma queda substancial na receita geral”, pontuou.