Preço do café aumenta mais de 50% no Brasil em um ano

Variação no preço do café é de um ano, conforme levantamento do IBGE. Apenas em janeiro, o preço do café torrado e moído aumentou 4,7%.

Brasil é um dos maiores produtores de café do mundo. Foto: Divulgação.

Quem gostar do café pela manhã, depois do almoço e durante a tarde, precisará repensar o volume de consumo do produto. Em um ano, o preço do café para o consumidor subiu 56%, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geogragia e Estatística (IBGE).

Apenas em janeiro, o preço do café torrado e moído aumentou 4,7% conforme o levantamento.

A alta nos supermercados é consequência da disparada dos preços no campo.

A saca do café arábica, por exemplo, o mais usado na indústria de torrefação, passou de R$ 485 em 2020 para R$ 1.510 hoje, de acordo com o Centro do Comércio do Café de Minas Gerais (CCCMG). O estado é o maior produtor do país e há dois anos tem registrado queda na produção.

Para os próximos meses, a tendência ainda é de alta no preço. A justificativa é que mesmo se a safra desse ano for melhor, os resultados só irão refletir para o consumidor a partir do segundo semestre.

Esse ano, o Brasil deve colher mais de 55 milhões de sacas de café, quase 17% a mais do que em 2021, aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Valor da cesta básica

De acordo com a pesquisa do Dieese, o valor da cesta básica subiu em 16 das 17 capitais onde a pesquisa é feita mensalmente pela entidade, entre elas João Pessoa. As maiores altas ocorreram em Brasília (6,36%), Aracaju (6,23%), João Pessoa (5,45%), Fortaleza (4,89%) e Goiânia (4,63%).

Em números absolutos, no entanto, entre as cidades do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente das demais capitais, João Pessoa apresentou o segundo menor valor (R$ 538,65), ficando atrás apenas de Aracaju (R$ 507,82).

São Paulo foi a capital onde a cesta apresentou a cesta básica mais cara (R$ 713,86), seguida por Florianópolis (R$ 695,59), Rio de Janeiro (R$ 692,83), Vitória (R$ 677,54) e Porto Alegre (R$ 673,00).

Em 12 meses, as maiores altas acumuladas foram verificadas em em Natal (21,25%), Recife (14,52%), João Pessoa (14,15%) e Campo Grande (14,08%). Já as menores variações no comparativo anual ocorreram em Florianópolis (6,79%) e Belo Horizonte (6,85%).

Entre os itens que ficaram mais caros em janeiro e mais pesaram o valor da cesta básica foram o café em pó, açúcar, óleo de soja, batata e tomate.