ECONOMIA
Confiança do consumidor de JP cai pelo segundo mês seguido
Levantamento da Fecomércio apontou, em abril, uma baixa de 2,03% em comparação com março.
Publicado em 29/04/2016 às 14:47
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Região Metropolitana de João Pessoa caiu em abril. O nível apresentou retração pelo segundo mês consecutivo, com uma baixa de 2,03% em comparação com o março, passando de 97,39 pontos para 95,41 neste mês. Os dados são de um levantamento realizado pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas Econômicas e Sociais da Paraíba (IFEP).
Na comparação anual, houve uma retração de 6,01%. O ICC passou de 101,52 pontos em abril de 2015 para 95,41 em abril deste ano. A escala que mede a confiança do consumidor varia de 0 a 200 pontos. Abaixo de 100 pontos é considerado pessimismo e, acima deste nível, indica otimismo.
“Este recuo apurado pelo ICC pode ser atribuído, em parte, às consequências da persistente crise política e econômica como: aumento do desemprego, restrição da oferta de crédito ao consumidor e inflação em patamares elevados. Além disso, o alto nível de endividamento do consumidor vem afetando o orçamento familiar, o que influencia negativamente a confiança dos consumidores”, apontou o Presidente da Fecomércio Paraíba, Marconi Medeiros.
Na análise por gênero, tanto os homens (-2,14%) como as mulheres (-1,90%) estão menos confiantes. O nível de confiança dos homens registrou 94,57 pontos em abril e o das mulheres 96,11. Na avaliação por escolaridade, o ICC caiu mais entre os que concluíram o Ensino Médio (-2,19%). Por estado civil, os consumidores casados ou em regime de união estável foram os que registraram a maior queda (-2,35%). E, na análise por renda, os consumidores que recebem acima de dez salários mínimos foram os que registraram a maior queda no nível de confiança (-2,77%), seguidos pelos que ganham entre sete e dez salários mínimos (-2,37%).
Entre os itens relacionados à situação atual dos entrevistados, a parcela de consumidores que avaliou como “melhor” a atual situação familiar caiu de 18,97% em março de 2016 para 17,34% neste mês. Entre os quesitos relacionados à situação futura da família, o percentual de entrevistados que avaliaram como “melhor” também caiu, passou de 50,87% em março para 46,20% em abril. Por outro lado, o percentual dos que avaliaram como “pior” a situação futura da família subiu de 18,60% para 22,22% neste mesmo período.
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