ECONOMIA
Custo da construção civil tem 2ª maior alta
Índice Nacional de Construção Civil, divulgado pelo IBGE, registrou o incremento de 5,01% na taxa da Paraíba, que fica atrás apenas do Mato Grosso.
Publicado em 06/09/2012 às 6:00
A Paraíba apresentou a segunda maior alta do país no custo da construção civil. O Índice Nacional de Construção Civil (Sinapi) do mês de agosto, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou o incremento de 5,01%. A taxa paraibana ficou atrás apenas da elevação no Mato Grosso (+5,17%).
A alta do custo do metro quadrado no Estado subiu para R$ 825,33 – segundo maior valor dentro do ranking nordestino. Em julho deste ano, o custo da construção civil era de R$ 785,96 para as empresas paraibanas. Conforme o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, os altos índices da Paraíba se devem sobretudo à elevação do preço da mão de obra. “Os pisos salariais foram reajustados em 12% na média, na última data-base. Mas os salários, devido à carência de profissionais especializados, estão bem mais altos do que o piso”, explica.
Segundo o tesoureiro do Sindicado dos Trabalhadores da Construção Civil e do Mobiliário (Sintricom), Paulo Marcelo de Lima, o piso salarial da categoria – válido de janeiro a dezembro deste ano – varia entre R$ 680,00 (auxiliar de pedreiro) e R$ 974,00 (encarregado de mão de obra). “No caso dos pedreiros, por exemplo, o piso é de R$ 900,00, mas como este tipo de profissional está em falta no mercado paraibano, o salário oscila e chegam a ganhar, em média, R$ 1.500,00”, diz.
No acumulado do ano (+6,30%) e nos dos últimos 12 meses (+7,54%), a Paraíba apresenta as maiores taxas de elevação do Nordeste. Inclusive, a média da região de custo (R$ 791,02) e as taxas (3,04% e 4,61% respectivamente) são inferiores àquelas verificadas no estado. “Acredito que este cenário perdurará ainda por um bom tempo. Pelo menos até que a questão da carência de mão de obra que o setor enfrenta atualmente esteja mais ou menos solucionada”, comenta Irenaldo.
Paulo Marcelo acrescenta que o trabalhador paraibano atuante no setor ganha bem menos do que os dos demais estados nordestinos. “O que vemos é que, oficialmente, o piso é menor do que Pernambuco, por exemplo. Os profissionais de alta qualificação não estão sobrando no mercado".
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