ECONOMIA
Custo da construção na PB registra maior taxa do Nordeste
Taxa acumulada paraibana foi a que apresentou maior crescimento durante este período no NE.
Publicado em 06/04/2012 às 7:00
O custo da construção civil na Paraíba cresceu 7,74% nos últimos 12 meses. Apesar do índice menor em março (0,14%), a taxa acumulada paraibana foi a que apresentou maior crescimento durante este período no Nordeste. No país, o estado ficou na quinta colocação, segundo pesquisa do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O metro quadrado na Paraíba registrou custo médio de R$ 781,46, o terceiro maior do Nordeste. Na Região, a média metro quadrado ficou mais baixo (R$ 775,34), um crescimento de 5,62% nos últimos 12 meses.
O preço médio da construção não leva em consideração o valor do terreno, apenas os gastos com materiais e salários pagos na construção civil, para o setor habitação.
Apenas em Alagoas e no Maranhão os custos enfrentados pela construção civil por metro quadrado são maiores do que na Paraíba, no cenário regional. Respectivamente, estes valores correspondem a R$ 785,10 /m² e R$ 823,53 /m² nos dois estados.
Em março, o Sinapi cresceu apenas 0,14% no estado, acompanhando a pequena variação apresentada pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), também calculado pelo IBGE, que ficou em 0,16%. No entanto, a diferença entre o acumulado do estado e a média obtida pelo Nordeste nos últimos 12 meses (5,62%) revela uma diferença positiva de 2,12 pontos percentuais. E a média nordestina para o custo do metro quadrado foi de R$ 775,34 /m².
A média nacional do custo da construção civil ficou em R$ 819,53 para cada metro quadrado. Mesmo com o preço médio maior do que o encontrado no Nordeste, a variação média deste valor nos últimos 12 meses registrou crescimento de 5,70, próximo à média regional.
A alta nos custos da construção da Paraíba, acima das médias regional e nacional, foi justificada pelo presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, como fruto do aquecimento do setor no estado.
Segundo ele, a maior demanda “provocou escassez de mão-de-obra, com a consequente elevação dos salários, e aumento no preço dos materiais de construção" relatou Quintans.
A alta se deveu à velha máxima de quanto maior a procura, maiores são os preços, afirmou o representante da construção civil na capital.
O cálculo do IBGE leva em conta a mão de obra e materiais despendidos pelas construtoras. Para o presidente do Sinduscon-JP, o setor tem encontrado algumas dificuldades, como atraso na entrega de materiais comprados e até mesmo a falta deles no mercado.
Indagado sobre se esta elevação nos preços poderiam dificultar o avanço que a construção civil tem conquistado no estado, Irenaldo Quintans descartou qualquer possibilidade de “esfriamento” do setor no Estado. “Muito ao contrário. Apesar de serem índices baseados no passado, a nossa perspectiva futura é de expansão de atividade”, explicou.
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