ECONOMIA
Decoração aquece mercado
Em João Pessoa, acesso ao crédito e aumento do poder de compra estimulam consumidor
Publicado em 29/09/2013 às 8:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:47
O avanço da construção civil aliado ao crescimento do poder econômico da classe média são alguns dos fatores responsáveis pela expansão do mercado da decoração em João Pessoa. Da zona sul à leste, é possível encontrar lojas especializadas neste segmento, que em todo o país já movimenta R$ 60 bilhões por ano, segundo estimativas da Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD).
Mobiliário planejado, revestimentos dos mais variados tipos e uma infinidade de acessórios são facilmente encontrados nas lojas de decoração e design de interiores da cidade, com preços e condições de pagamento diversificados, cenário que impulsiona a movimentação financeira do segmento.
Coordenadora do curso de Design de Interiores do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Paraíba (IFPB), a arquiteta Janine Holmes afirma que a gama de produtos e o acesso ao crédito da população das classes média e baixa vêm transformando o mercado da decoração na capital paraibana.
“Hoje temos uma cidade mais desenvolvida no que diz respeito a moradia. O mercado imobiliário se expande de forma acelerada, as condições de financiamento dos imóveis estão cada vez mais fáceis. Isso tudo reflete no mercado da decoração e interiores, porque aumenta a demanda por mobiliário e outros acessórios. Até mesmo as classes mais baixas têm acesso a esses serviços. Os programas sociais do governo federal dão moradia e também financiam, por menores taxas, a compra de produtos para o lar das pessoas de baixa renda”, explicou a especialista.
Um dos centros comerciais mais importantes de João Pessoa, a avenida Epitácio Pessoa é referência quando se trata de lojas de decoração. Na região, grande parte das lojas acompanham o novo perfil dos clientes deste mercado, que até anos atrás era restrito àqueles com poder aquisitivo elevado.
A gerente da Oca Revestimentos, Andréa Franco, explicou que o crescimento da demanda foi determinante para a loja se moldar aos novos consumidores. “Percebemos uma mudança no perfil dos clientes.
Antigamente vinham muitos arquitetos ou donas de casa. Isso vem mudando bastante, temos, por exemplo, muito homem solteiro, que vem sozinho e escolhe os produtos”. Segundo Andréa, em cinco anos o aumento da clientela já chega a 60%.
Para atender o novo público, as lojas preparam uma infraestrutura que garante apoio total ao consumidor. “O cliente se tornou mais independente, muitas vezes chegam desacompanhados de qualquer profissional da área. Eles mesmo escolhem o que querem para sua residências. Por isso temos uma equipe de arquitetos e designers dentro da loja. Assim ele tem todo o apoio capacitado para atendê-lo”, disse Andréa Franco.
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