ECONOMIA
Empresas lucram com eleições
Campanha eleitoral gera crescimento de até 80% no faturamento de empresas ligadas ao setor de comunicação visual.
Publicado em 29/07/2012 às 8:00
A aproximação do período eleitoral não tem efeitos apenas para quem trabalha diretamente com as campanhas políticas. Nos meses que antecedem o pleito, santinhos, bandeiras e diversos outros itens tomam conta da cidade, sendo eles indispensáveis na divulgação dos candidatos. Com o crescimento da demanda por esse tipo de material, gráficas, agências de publicidade e mais uma série de empresas locais já comemoram o aumento do faturamento.
No mercado há 18 anos, a Adesivo 2 Comunicação Visual trabalha na confecção de banners, adesivos, faixas, entre outros materiais de divulgação. O diretor comercial da gráfica, José Nilson de Lima, afirma que os anos eleitorais são responsáveis por um pico no faturamento da empresa. “Neste ano, a previsão é de um aumento de 80% na demanda por causa de produtos destinados a campanhas eleitorais”, disse.
Mesmo com a meta ampla, o empresário garante que o desempenho deste ano deve ser inferior ao dos anos anteriores, quando o incremento chegava a ser de 100%. Essa mudança no mercado não preocupa os empresários do ramo, uma vez que o período de eleições permanece como uma das épocas mais rentáveis para as gráficas.
“Em alguns anos, aconteceu até dos pedidos aumentarem umas dez vezes mais do que é normalmente. Isso caiu um pouco por causa das leis, que estão mais rigorosas, restringindo alguns tipos de publicidade. Os políticos estão gastando menos com essa divulgação, mas não deixa de ser um período de muito lucro para a gráfica. Além disso, as campanhas costumavam começar com mais antecedência”, afirmou.
Na Lug Confecções e Serigrafia, o investimento em campanhas publicitárias é uma das estratégias para atrair novos consumidores especialmente nesses meses que antecedem as eleições. “Não fazíamos bandeiras ainda nas últimas eleições e como oferecemos esse serviço agora estamos prevendo um ótimo faturamento, já que as camisas foram proibidas. Esse aquecimento, porém, deve se intensificar apenas quando o guia eleitoral começar a ser exibido”, explicou o empresário Vinícius Saldanha, que estima um aumento de 20% nas vendas.
Além de bandeiras e faixas, já conhecidas do público, o que deve nortear as campanhas deste ano é o marketing digital. “As redes sociais estão em ascensão atualmente, especialmente no interior. Por isso estamos criando estratégias específicas para esse meio, auxiliando os clientes a melhor trabalhar o Twitter e o Facebook durante a campanha”, contou o diretor financeiro e de atendimento da Antares Comunicação, o publicitário Expedito de Carvalho Júnior. Para ele, o aumento da demanda na agência nos próximos meses deve chegar aos 40%. “O marketing político não é nosso foco, mas a procura por esse tipo de serviço é clara nessa época. Por isso, procuramos sempre fazer ações diferenciadas, comentou.
Outro ramo que aguarda o período eleitoral com muita expectativa é o de locação de telões, empresas muito procuradas na organização de eventos. “Como os políticos costumam promover muitos encontros, eles sempre vêm em busca de TVs, púlpitos, palcos e telões, especialmente a partir de setembro. Os pedidos já estão chegando e a demanda deve aumentar em 20% até as eleições”, comentou o proprietário da empresa Tela Sat, Rossano Lucena.
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