ECONOMIA
Empréstimo para setor imobiliário cresce 7%
Financiamentos imobiliários passaram de R$ 49,6 bilhões para R$ 53,1 bilhões; mês de junho, no entanto, registrou fraco desempenho.
Publicado em 25/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 07/02/2024 às 11:05
O volume de empréstimos para aquisição e construção de imóveis com recursos da poupança avançou 7% no primeiro semestre deste ano no país, informou a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).
Os financiamentos imobiliários passaram de R$ 49,6 bilhões nos primeiros seis meses de 2013 para R$ 53,1 bilhões no mesmo período de 2014. Em número de imóveis financiados, a elevação foi de 4,6%, para 256,1 mil.
Contudo, a combinação de economia em desaceleração, menos vendas de construtoras e menos dias úteis devido à Copa do Mundo derrubou os financiamentos imobiliários no Brasil em junho. Foram financiadas 42,4 mil unidades, recuo de 8% em relação a maio e de 20% ante junho do ano passado.
Em valores, o volume somou R$ 9 bilhões em junho, recuo de 7% em relação a maio e de 19% em relação a junho de 2013. O fraco desempenho do mês passado contraria a tendência de um setor que nos últimos anos se acostumou a recordes de alta, em meio ao aumento da renda real das famílias e ao crescente interesse dos bancos por financiamentos de longo prazo e maiores garantias de retomada do bem em caso de inadimplência.
"Há condições para um crescimento de 15 a 20 por cento por algum tempo, o que é saudável e factível", disse a jornalistas o presidente da Abecip, Octavio de Lazari Junior.
No acumulado do semestre, os financiamentos para compra de moradia, que consideram os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), cresceram 7% na comparação anual, para R$ 53,1 bilhões.
Em 2013, o volume de empréstimos para compra da casa própria pelo SBPE cresceu 32%. Para este ano, a previsão de alta de 15% foi mantida, o que implica que o setor terá que avançar quase seis vezes mais rápido na segunda metade do ano em relação à primeira para atingir o alvo de R$ 125,6 bilhões.
SEGUNDO SEMESTRE
Para Lazari Junior, o segundo semestre historicamente mais ativo, a continuidade do crescimento da renda das famílias e a baixa inadimplência do setor --mantida ao redor de 1,8 por cento neste ano-- concorrem para aceleração dos financiamentos até dezembro, mesmo com a economia fraca. (Com Folhapress).
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