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ECONOMIA

Folia de Rua deve injetar R$ 50 milhões em JP

Período aquece o setor de serviços, bares, táxis e comercio informal; projeção é de que haja um faturamento de R$ 50 milhões esse ano.

Publicado em 21/02/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/07/2023 às 12:33

As prévias carnavalescas de João Pessoa devem injetar mais de R$ 50 milhões na economia da cidade, movimentando diversos segmentos do setor de serviços de alimentação (lanchonetes e restaurantes), bares, táxis, além do comércio informal de ambulantes. A projeção é da Associação de Folia de Rua, uma das responsáveis pela organização das festas na capital paraibana.

O presidente da associação, Raimundo Nonato, disse que a perspectiva é que a economia fique ainda mais aquecida este ano. “Há quatro anos, o Sebrae fez um levantamento e indicava esse montante na economia. Hoje, estamos ainda mais maduros, esperamos que sejam gerados cerca de 3 mil empregos temporários, o fluxo de turistas será maior, tanto de paraibanos de outras cidades como pessoas de outros países, por isso esperamos movimentar ainda mais a economia”.

No total, serão 41 blocos filiados e mais 60 blocos convidados, em todas as zonas da cidade.

“Temos os grandes blocos, como Virgens de Tambaú e Muriçocas de Miramar, mas também há os blocos de bairro, que movimentam costureiras, pequenas lojas de roupas e bebidas nesses locais. Os dez dias de Folia de Rua acabam agitando a economia em todos os bairros da cidade”, explicou Raimundo Nonato.

Entre os segmentos que devem ter a maior demanda, segundo o representante da Associação de Folia de Rua, estão os serviços de casas de show, música, supermercados, além dos segmentos de comidas e bebidas, que na avaliação do presidente da Associação de Bares e Restaurantes da Paraíba (Abrasel-PB), Marcos Mozzini, é caracterizado pela disputa desleal de mercado nesta época.

“Não somos contra a festa, pelo contrário, é um evento importante para a cidade. A nossa ressalva é em relação à informalidade alta nesses eventos populares. O comércio informal de comidas e bebidas fora de casa atrapalha o serviço de quem está legalmente constituído, ou seja, contribui com todos os impostos para o Estado. Nós poderíamos ter um ótimo desempenho, se a informalidade fosse regularizada e houvesse maior incentivo em quem está legalizado”, disse Marcos Mozzini.

HOTELEIRO CRITICA

Já o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira da Paraíba (ABIH-PB), Tadeu Pinto, foi mais crítico com o evento pré-carnavalesco de João Pessoa.

“O Folia de Rua é uma festa da cidade, para os moradores da cidade, nunca se caracterizou como uma festa de atração turística ou para captação dos mesmos, então não tem influência positiva para nós da rede hoteleira, muitas vezes ela inclusive nos atrapalha, porque nas prévias os desfiles são feitos à noite e os turistas que estão hospedados em nossos hotéis da orla ficam incomodados pela passagem dos blocos”.

LEI SECA DEVE ELEVAR FATURAMENTO DE TÁXIS

Se para os restaurantes e bares formais o Folia de Rua pode não ser tão lucrativo como deveria, para os taxistas é o período para aumentar em cerca de 30% a receita, explicou o presidente da cooperativa de táxi Coopertáxi, Luís Joaquim.

“Acreditamos em um aquecimento significativo durante as prévias do Carnaval, porque existe uma demanda alta, principalmente nos blocos das Virgens de Tambaú e Muriçocas do Miramar”.

Neste aspecto, a Lei Seca é a principal aliada dos taxistas, explicou o presidente da Coopertáxi. “A lei está com fiscalização forte e ajuda todos nós. O cliente está mais consciente, prefere deixar o carro em casa e nós lucramos mais com isso. Todo mundo sai ganhando”, disse Luís Henrique.

O único problema que atrapalha o faturamento dos taxistas nesta época, segundo Luís Henrique, é a falta de planejamento de mobilidade urbana. “A Semob deveria fazer um planejamento melhor, para que nós tivéssemos condições de circular por toda cidade. Aquele modelo adotado no Réveillon, de colocar os taxistas em um único espaço, não serve, porque não é viável para todo mundo. O trânsito fica lento, o passageiro perde dinheiro e nós perdemos tempo”, explicou.

PMJP INVESTIU R$ 2,5 MI NO EVENTO ESTE ANO

Pensando no potencial econômico da festa, a Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope), investiu R$ 2,5 milhões nas festas do Folia de Rua. O montante foi menor que o do ano passado (R$ 2,8 milhões), seguindo a estratégia de trazer investidores para o Carnaval da cidade, explicou o diretor executivo da Funjope, Maurício Burity.

“Tivemos uma redução porque nosso propósito é cada vez mais incentivarmos iniciativas de empresas privadas para que elas invistam em nossa festa. A ideia é trazer novos agentes para minimizar o gasto público. Este ano estamos em parceria com a Ambev e Ministério da Saúde, que investiram cerca de R$ 400 mil”, disse Maurício Burity.

Na avaliação do representante da Funjope, o período é de grande relevância para a economia de todo o país. “São eventos que movimentam mais de 52 segmentos da cadeia de serviços.

O Ministério do Turismo comunicou que em todo país o Carnaval deve movimentar R$ 6,3 bilhões. Isso demonstra o poder e importância da data”, concluiu Maurício Burity.

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Jornal da Paraíba

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