ECONOMIA
Gasolina sobe em 18 postos
Segundo pesquisa realizada pelo Procon de João Pessoa, pelo menos 18 postos na cidade já reajustaram os preços.
Publicado em 01/02/2013 às 6:00
Pelo menos 18 postos situados na Grande João Pessoa reajustaram ontem o valor do litro da gasolina na capital paraibana, segundo pesquisa realizada pelo Procon de João Pessoa. O preço do combustível apresentou variação de até 8,5% entre os postos da cidade, o equivalente a R$ 0,22. O maior valor encontrado foi no posto Ataíde Bezerra, na Torre, que registrou R$ 2,81 no litro da gasolina. Na aditivada, a variação nos postos ainda é bem maior (9,5%). O Procon-JP informou que ficará atento aos abusos no reajuste.
Esta foi a primeira pesquisa após a Petrobras anunciar aumento de 6,6% no preço da gasolina comum e em 5,4% no valor do óleo diesel nas refinarias. O menor valor do combutível aditivado foi de R$ 2,62 e o maior R$ 2,88, o que representa uma variação de 25 centavos. Já o menor valor encontrado da gasolina comum foi R$ 2,59, comercializado no posto Opção BR-101.
A média do reajuste na capital paraibana ficou próxima ao índice anunciado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, entre 3% e 4%. “Nas bombas, o aumento médio deverá ser de 4%, segundo o ministro. Por enquanto, 18 postos, dos cerca de 90 em funcionamento, aumentaram os preços na capital”, afirmou a coordenadora executiva do Procon-JP, Nada Palitot.
O reajuste nas bombas será acompanhado semanalmente por meio de novas pesquisas que serão realizadas. O Procon-JP informou que, caso haja aumento abusivo, o responsável pelo estabelecimento será inicialmente notificado e posteriormente multado.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo da Paraíba (Sindipetro-PB), Omard Hamad, afirmou que o mercado é livre para alterar o preço do combustível e cada empresário faz sua composição de acordo com os insumos analisados. “O reajuste que os empresários fazem não é apenas com base no aumento de 6,6% passado para as refinarias. Há outros insumos como transporte, valor nas distribuidoras e impostos que são levados em consideração”, explicou.
Nos postos da cidade onde não foi detectado o reajuste, o consumidor formou fila esta semana para encher o tanque dos veículos e adiar pagar mais caro pelo preço da gasolina.
Segundo o economista Rafael Bernardino, esta atitude é salutar tanto para clientes como para empresários. “É comum o consumidor correr para o posto onde não houve ainda o aumento. Isso não acelera, necessariamente, a chegada do preço novo nas bombas com o fim do estoque. O empresário, se quiser, pode implantar o reajuste mesmo com o estoque antigo.
Quem vai impedi-lo? Então a grande demanda nestes postos é bom para o empresário, que vende a gasolina pelo preço antigo, mas já tira sua margem de lucro, e para o consumidor que adia pagar mais pelo combustível”, explicou o economista.
ETANOL
O litro do etanol tem uma variação de 13%. O menor valor é de R$ 2,07, comercializado no posto Ferrari, no Centro, e o maior a R$ 2,339 (no Bessa).
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