Inadimplência no país cai pela 1ª vez após mais de 10 anos

A inadimplência caiu 2% no ano passado, segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, divulgado ontem A queda anual foi a primeira em toda a série histórica, iniciada em 2000. Na comparação de dezembro de 2013 com o mesmo mês de 2012, o recuo foi de 6,5%, o sétimo mensal seguido.

Entre as razões que colaboraram para o recuo da inadimplência ao longo de 2013, estão o baixo desemprego, o mercado de crédito mais restrito, consumidores mais preocupados com a saúde financeira e um efeito estatístico - 2011 e 2012 foram marcados por forte aumento nas taxas de inadimplência."A inadimplência está caindo, mas ainda tem muito para cair. A queda de 2013 foi sustentada pelo efeito estatístico por causa dos dois anos anteriores e por fatores conjunturais, como o baixo desemprego ", afirma Luiz Rabi, economista da Serasa.

O recuo no resultado acumulado de 2013 foi puxada pela queda de 9,4% no volume de cheques devolvidos - segunda devolução por falta de fundos - e pelo recuo de 4,8% na inadimplência de dívidas não bancárias, como em lojas e serviços de telefonia e de água. Houve aumento, porém, de 0,6% na inadimplência dos bancos e de 5,8% no volume de títulos protestados. "A inadimplência melhorou praticamente em todas as modalidades.

No caso do bancos, houve um aumento de 0,6%, mas o crédito cresceu 14%", afirma Rabi.

O alívio também foi apurado pela Associação Comercial de São Paulo. No acumulado de 2013, o Indicador de Registro de Inadimplentes (IRI) teve pequena elevação de 0,8%. Em dezembro, o recuo foi de 14,9% ante novembro. "Os bancos e o varejo passaram a ser mais cautelosos na concessão do crédito. As promoções e os feirões para renegociação de dívida também ajudaram nessa redução", afirma Marcel Solimeo, economista da associação.

Os números do Banco Central confirmam a queda da inadimplência. Em novembro do ano passado - último dado disponível -, a inadimplência de pessoas físicas nos recursos livres foi de 6,7%, abaixo, por exemplo, dos 7,9% verificados em novembro de 2012. "Há uma trajetória declinante da inadimplência", afirma Altamiro Carvalho, assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio/SP). Os dados da entidade mostram que 16,8% das famílias da cidade de São Paulo têm conta em atraso em dezembro de 2013.

TAXA DE INADIMPLÊNCIA É DE 31% NA CAPITAL

O diretor de tributação da Secretaria da Receita de João Pessoa, Paulo Freire, disse que a inadimplência com relação ao pagamento do IPTU em 2013 chegou a 31%.

Segundo Paulo Freire, se o contribuinte pessoense não quitar suas obrigações com os tributos no prazo correto pode até ter bens penhorados. “Quem deixar de pagar o IPTU dentro do prazo vai arcar com multas, juros e seu débito poderá deflagrar um processo que resulta em penhora dos bens”, destacou Paulo Freire.

A orientação do diretor de tributação é para que contribuinte pague antecipadamente o IPTU para poder aproveitar o desconto de 15%.

Os carnês de IPTU deste ano ainda estão em fase de confecção em Curitiba, Paraná, e devem chegar em João Pessoa na primeira quinzena de fevereiro. A partir daí começa o processo de distribuição.