Grande parte dos consumidores ainda não voltaram a frequentar shopping centers

Dados da Associação Brasileira de Shopping Center (Abrasce) mostram que 40% dos consumidores ainda não retornaram aos shoppings depois da reabertura em junho.

Grande parte dos consumidores ainda não voltaram a frequentar shopping centers
Foto: Victor Xok/Unsplash

Os shoppings centers de  várias capitais do país reabriram suas portas em junho, no entanto, 40% da população ainda não se sente segura para voltar a frequentar esse tipo de estabelecimento, de acordo com um estudo divulgado  pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Segundo a pesquisa, o principal motivo é a insegurança e o medo, mas alguns entrevistados  também responderam que preferem comprar on-line ou em lojas de rua.

O levantamento, que ouviu 515 consumidores residentes em capitais e regiões metropolitanas de cidades que abrigam shoppings centers também apontou que 64% dos que retornaram aos shoppings são consumidores de renda baixa. Entre os de renda alta, esse percentual cai para 56%.

Otimismo

Mesmo com a volta lenta e gradual do consumidor às lojas físicas, empresários das maiores redes de shopping centers do país demonstram otimismo em relação ao fim deste ano. Em um congresso realizado pela entidade,  houve debate sobre os desafios do momento e do futuro em termos de consumo, tecnologia e inovação.

Para José Isaac Peres, presidente da Multiplan,  o último bimestre pode ser até melhor do que no ano passado. Segundo ele, “o isolamento criou uma demanda reprimida, as pessoas querem sair, comprar, ir a restaurantes”. Marcos Carvalho, copresidente da Ancar Ivanhoe, disse que este “é um ano que vai ficar marcado, mas a recuperação está aparecendo, os consumidores estão voltando”.

Para Carlos Jereissati, CEO da Iguatemi, a pandemia foi transformadora para a indústria de shoppings como um todo e Ruy Kameyama, CEO da brMalls, reconheceu o fortalecimento do digital:  “Todos os negócios serão impactados pelo digital. O ritmo de inovação e adaptação vai ter de ser muito alto ou vamos perder relevância”.

Fonte: Mercado e Consumo