Norte e Nordeste impulsionaram crescimento de 5% no consumo das classes C e D em julho

Gastos com Rede Online, Transportes, Restaurantes, Supermercado, Combustíveis e Prestadores de Serviços foram os destaques.

Com o avanço da vacinação, segundo semestre deve ter uma recuperação mais robusta. Foto: Mehrad Vosoughi/Unsplash

O consumo das classes C e D no Brasil cresceu 5% em julho ante o mês anterior, de acordo com a Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander.

Quase todas as regiões registraram crescimento, mas as que impulsionaram o resultado total foram Norte e Nordeste, com aumento de 23,5% e 8,5%, respectivamente.

O Sul avançou 7,7%, enquanto o Sudeste, 3,5%. Já o Centro-Oeste teve leve queda de 0,5%. O levantamento é realizado mensalmente e busca traçar o perfil de consumo das classes C e D.

Sinais de recuperação

Segundo Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, os números de julho consolidam a recuperação no consumo destas classes sociais, dado o histórico dos últimos dois meses.

“Tivemos uma leve queda em junho em decorrência de um alto crescimento em maio, principalmente, por conta do Dia das Mães.

A tendência é que o segundo semestre mostre uma recuperação mais robusta à medida que a vacinação contra Covid-19 avance e setores da economia que ainda sofreram bastante no primeiro semestre comecem a se recuperar”, diz.

Os setores que mostraram recuperação mais significativa no consumo foram Rede Online (8%), Transportes (7%), Restaurantes (6%), Supermercado (5%), Prestadores de Serviços (5%) e Combustível (5%).

Na outra ponta, os gastos que mais caíram foram com Diversão e Entretenimento (-8%).

Principais gastos

O levantamento mostra também que o principal gasto no orçamento ainda é em Supermercados (35%), seguindo de Restaurantes (12%) e Lojas de Artigos Diversos (11%), com uma pequena variação entre os meses de junho e julho.

Em julho, 82% dos gastos totais foram feitos presencialmente, o que representa um ponto percentual a mais em comparação a junho.

Observa-se, por exemplo, crescimento de 4% nos gastos em Restaurantes e de 22% em Diversão e Entretenimento.

Em relação ao ticket médio, houve aumento significativo nos setores Rede Online (9%), Transporte (5%), Prestadores de Serviços (3%) e Combustível (2%).

Na avaliação da executiva, a inflação dos últimos meses, acima da meta, tem contribuído para esse aumento do ticket médio em alguns itens.

“É cada vez mais fundamental o aprimoramento e crescimento da educação financeira também nas classes sociais C e D”, explica.