Em sintonia com as ações da campanha Setembro Verde, que visa estimular as doações de órgãos em todo o país, o Hospital Nossa Senhora das Neves (HNSN) lançou no último domingo (19/09) a campanha “A
vida continua”. A peça principal da campanha é um filme de 2 minutos, inspirado na vida real e em vários transplantes já vividos no hospital. Criado em uma parceria da Colores Filmes com o humorista, publicitário e muito querido Marcelo Piancó, falecido em março de 2020, o vídeo traz uma canção que conta a história de Maria, que celebra com seu pai a alegria dos preparativos para o casamento com José, mas como a própria letra diz, “a vida tem os seus contratempos”. Tragicamente, o pai vem a falecer, mas o coração dele, após ser transplantado, passa a bater em outro peito: o do pai do seu noivo. No final feliz, o sogro vai conduzi-la ao altar. Assim, simbolicamente, o pai de Maria se faz presente, pulsando seu coração, agora no corpo do receptor. A meta da campanha, claro, é promover a conscientização e o incentivo à doação de órgãos.
Esse procedimento é parte importante da história do HNSN. Já foram mais de 130 órgãos sólidos transplantados na unidade, além de 10 transplantes de medula óssea (TMO). Histórias de doação e de feliz recuperação, como a do filme da campanha, são partilhadas pelo corpo médico, em inúmeros casos de transplantes de medula óssea, rins, fígado e coração.
Em retrospecto, a Paraíba estava há 10 anos sem realizar transplantes de coração, quando em 2019, o procedimento aconteceu no HNSN, em parceria com a Central de Transplantes da Paraíba, com captação do órgão no Hospital de Trauma de João Pessoa. Desde então, com a atuação do Governo da Paraíba e da Unidade Geral de Transplantes (UGT) do HNSN, o estado voltou a ser referência em transplantes, tendo um dos melhores índices do Brasil. “Os transplantes que realizamos são, em sua totalidade, de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). É o serviço mais sofisticado do estado, realizado com um único objetivo: oferecer vida”, detalha o Dr. Rafael Maciel, médico responsável pela UGT. A solidez dos processos internos de segurança do hospital possibilitou, inclusive, a realização de quatro transplantes simultaneamente, ainda durante a pandemia.
