ECONOMIA
Mercadorias são liberadas normalmente na Paraíba
Funcionários da PB permanecem efetuando suas atividades, sem seguir a decisão da categoria, diz delegado da Receita Federal.
Publicado em 01/08/2012 às 6:00
A operação padrão dos auditores fiscais da Receita Federal parece não estar afetando a entrada de mercadorias na Paraíba.
O movimento nacional, que teve início no dia 18 de junho, vem retardando a liberação de cargas em todo o Brasil, uma vez que os servidores da Receita têm realizado a conferência das mercadorias importadas em sua totalidade, e não de amostras, como é feito normalmente. Na Paraíba, no entanto, o processo de liberação do material estaria acontecendo normalmente.
Segundo o delegado da Receita Federal na Paraíba, José Honorato de Souza, os funcionários do Estado permanecem efetuando suas atividades, sem seguir a decisão da categoria.
“Não tive conhecimento de operação padrão no nosso Estado.
Todos estão trabalhando como sempre e, por isso, não há atraso algum”, esclareceu.
Além disso, José Honorato afirma que o fluxo de cargas que chegam à Paraíba é baixo. “Ainda que estivesse havendo isso, a quantidade de mercadorias importadas aqui é baixa, o que faria com que o movimento não atrapalhasse tanto como em outros estados”, ressaltou.
A diretoria da Al Trade, empresa que trabalha no mercado local com importação e exportação de produtos dos mais variados segmentos, confirma o posicionamento do delegado. Segundo o diretor da empresa, Marcelo Abrantes, a liberação das mercadorias está durando apenas alguns dias, dependendo do produto importado, como já é de costume. “Depende do canal.
Quando a mercadoria é aprovada imediatamente, ela está no canal verde, demorando um ou dois dias. O canal amarelo é para aqueles produtos que exigem a apresentação da documentação.
Nesse caso, a liberação leva uns cinco dias, já o canal vermelho demora cerca de uma semana, pois aí a Receita procura verificar exatamente o que é aquela mercadoria e também verifica os documentos”, comentou.
Para ele, tudo está funcionando nos padrões de sempre. “Todos estão trabalhando normalmente. O tempo de demora é esse mesmo, não temos sofrido com atrasos por enquanto”, disse.
No entanto, o funcionário de uma transportadora que atua na Paraíba, que preferiu não se identificar, revelou que a empresa onde trabalha vem passando por alguns problemas desde que o movimento de operação padrão teve início no mês passado. Ele afirma que mercadorias que antes eram liberadas em questão de horas hoje demoram dias, o que estaria prejudicando toda uma cadeia de profissionais que trabalham no ramo das importações.
“Sempre pegamos mercadoria no Porto de Suape, o problema é que a fiscalização está muito dura por lá. Cargas simples que costumam sair em poucas horas estão demorando de dois a três dias. Às vezes, temos que fazer entregas no interior do Estado, o que também exige tempo. Por essa razão, qualquer atraso atrapalha não só a transportadora, mas também as próprias empresas que importam e o Estado”, comentou. Quando o produto em questão é eletroeletrônico, perecível ou inflamável, o prejuízo pode ser bem maior. “Essas mercadorias já demoram um pouco mais para serem liberadas normalmente. Agora então está bem pior”, acrescentou o funcionário da transportadora.
Apesar disso, o presidente da Associação Paraibana de Atacadistas e Distribuidoras (Aspad), Zezé Veríssimo, acredita que o caso tenha sido um acontecimento isolado. “Até o momento, não houve um prejuízo coletivo. Os associados não têm reclamado a respeito disso, até porque a quantidade de mercadoria importada que chega na Paraíba é praticamente insignificante. Quanto a Suape, eu mesmo recebo material de lá e até agora não tive grandes problemas”, disse.
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