ECONOMIA
Novo mínimo vai injetar R$ 28,4 bi
A partir de 1º de janeiro, o salário mínimo passa de R$ 678 para R$ 724.
Publicado em 27/12/2013 às 8:00 | Atualizado em 17/05/2023 às 12:20
O aumento do salário mínimo deverá injetar R$ 28,4 bilhões na economia no próximo ano, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) divulgada ontem. A partir de 1º de janeiro, o salário mínimo passa de R$ 678 para R$ 724 – reajuste de 6,78% . De acordo com o Dieese, 48,2 milhões de pessoas têm o rendimento atrelado ao salário mínimo, informa a Agência Brasil.
Na Paraíba, o novo salário mínimo deve injetar aproximadamente R$ 480 milhões a mais na economia paraibana em 2014. O piso nacional, que vai passar dos atuais R$ 678 para R$ 724, no dia 1º de janeiro, abrange mais de 800 mil pessoas no Estado, entre empregados com carteira assinada, funcionários públicos, aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).
O novo valor do rendimento mínimo permite, segundo os cálculos do Dieese, a compra de 2,23 cestas básicas. De acordo com a entidade, é a maior relação de poder de compra desde 1979.
O novo valor deverá trazer um impacto de R$ 12,8 bilhões nas contas da Previdência Social. Os benefícios pagos no valor de um salário correspondem a 48,7% do montante repassado pela Previdência. No total, 69,% dos beneficiários ou 21,4 milhões de pessoas recebem um salário mínimo.
O aumento também deverá ter um impacto significativo nas contas de parte das prefeituras do Nordeste. Segundo o levantamento, 20,6% dos servidores públicos municipais da região recebem atualmente até R$ 678. Na Região Norte, o percentual chega a 15,6%.
Deve haver ainda, de acordo com o estudo, um incremento de R$ 13,9 bilhões na arrecadação tributária nos tributos sobre consumo.
O reajuste do salário mínimo de 2014 será o menor dos últimos seis anos, variando em apenas 6,78% em relação ao recebido este ano, acréscimo de R$ 46. Entre 2012 e 2013, o aumento do piso nacional foi de 9%, passando de R$ 622 para R$ 678, respectivamente (R$ 56 a mais).
Já entre 2011 e 2012, a variação foi de 14,12%, a maior dos últimos anos, subindo de R$ 545 para R$ 622 (+R$ 77).
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