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ECONOMIA

Reajuste dos imóveis em JP fechou 2011 com 7,49%

O aumento, medido pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC), serve de base para o reajuste do valor dos financiamentos imobiliários.

Publicado em 31/01/2012 às 8:47


A alta no valor de alguns materiais de construção e o aumento dos salários, ocasionado pela falta de mão de obra no setor, fizeram com que os custos da construção civil encerrassem o ano de 2011 com uma elevação média de 7,49%. O aumento, medido pelo Índice Nacional da Construção Civil (INCC), serve de base para o reajuste do valor dos financiamentos imobiliários realizados diretamente nas construtoras e fez com que os pessoenses precisassem pagar parcelas mais caras que as contratadas inicialmente.

Apesar de ter sido mais alto o índice da inflação (IPCA), que no ano passado foi de 6,5%, o reajuste com base no INCC é apontado como um valor razoável por especialistas no setor.

Para o tecnólogo em negócios imobiliários, Fábio Henriques, a alta de na faixa dos 7% pode ser considerada normal.

“Houve aumentos na folha de pagamento e no valor de alguns materiais e é natural que em decorrência disto a inflação do setor seja repassada. Mas, mesmo com este reajuste nos financiamentos direto com as construtoras, no caso dos imóveis que ainda estão em construção, esta modalidade de financiamento é a melhor opção porque fica abaixo das taxas cobradas pelas instituições bancárias”, comentou.

O presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Rômulo Soares, também concorda que o índice de reajuste está dentro das perspectivas do mercado. “O setor está aquecido e o INCC ainda fica abaixo das taxas de juros cobradas pelos bancos, que variam de 8% a 15%”, ressaltou.

Quando se trata do financiamento de imóveis, após a conclusão da obra, o reajuste do débito é feito com base no INCC somado a 1%. Neste caso, segundo Henriques, muitas vezes é mais interessante substituir a forma de financiamento para opções oferecidas pelas instituições financeiras. “Está crescendo a tendência de, após a conclusão da obra, o financiamento do restante do valor do imóvel ser feito com os bancos porque há uma oferta maior de crédito, os juros são menores e as parcelas são decrescentes”, comentou.

Quanto ao aumento do INCC acumulado ao longo do ano passado, o presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Irenaldo Quintans, comentou que o índice não contempla todos os aumentos de gastos tidos pelo setor, já que na medição não são considerados os custos de terrenos, por exemplo. “Na verdade, o aumento dos gastos das construtoras na Paraíba foi maior que o INCC e o índice acabou beneficiando os compradores”, comentou. “Mas é importante frisar que para os construtores é importante que o valor das prestações não subam tanto e por isto reduzimos um pouco nossa margem de lucros”, completou.

Neste ano, o tecnólogo em negócios imobiliários, Fábio Henriques, acredita que o INCC se manterá na mesma média observada em 2011. “Existem medidas do governo para evitar o crescimento da inflação, mas a Construção Civil tem algumas especificidades que fazem com que os custos sejam mais elevados. Desta forma, acredito que o índice de aumento não vai diminuir (em comparação com 2011), mas acredito que deve ficar no mesmo patamar”, opinou.

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Jornal da Paraíba

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