ECONOMIA
Setor de imóveis ainda não foca a terceira idade na PB
Para o Sinduscon-JP, há uma demanda reprimida para o nicho de idosos em termos de infraestrutura das construções.
Publicado em 03/03/2013 às 8:00
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Fábio Sinval, e empresários do setor reconhecem que o público idoso é um novo nicho de mercado, mas ainda recebe pouca atenção do setor. A maioria das construções apresentam itens que atendem às necessidades da família como um todo em pontos como acessibilidade, mas não há nada programado especificamente para o idoso.
“É um público que merece todo nosso respeito, inclusive, é uma demanda reprimida. Hoje não existe nada específico para este nicho em termos de infraestrutura das construções. É um mercado interessante e promissor que ainda precisa ser melhor explorado”, disse Fábio Sinval.
Um dos empresários do ramo, Stélio Queiroga, da construtora Aliance, também reconhece que o setor está se programando para atender esta demanda, mas afirma que existem espaços criados pensando na família e também no idoso.
“Não digo que estamos nos programando para este público, mas nós da Aliance já construímos espaços pensando na mobilidade e principalmente em áreas de lazer para a família e também para o idoso”, disse Queiroga.
O empresário da Aliance defende a ideia de que a pessoa com 60 anos ou mais deve ficar integrado à família. “Há 10 anos, só os grandes apartamentos apresentavam área de lazer. Hoje, o imóvel pequeno já possui esta área para trazer o lazer para dentro de casa. Não acredito que o idoso deva morar sozinho, mas com sua família e contando com espaços de relaxamento e leitura para ele”, afirmou.
Stélio Queiroga afirmou ainda que já existem apartamentos de 100 metros quadrados com apenas dois quartos, com ambientes grandes e portas largas. “Essa é uma tendência nas construções futuras, porque o idoso é um novo nicho de mercado. Atualmente considero tímido o investimento dispensado a este pessoal, mas é uma oportunidade a ser trabalhada”, frisou.
Segundo Queiroga, uma opção para o idoso no ramo das construção civil é o condomínio horizontal, mas um dos problemas é que este imóvel fica situado longe de pontos comerciais.
“Começamos a pensar em residenciais que fiquem bem localizados. Pelo menos 30% dos nossos projetos que estão em estudo priorizam a aproximação a pontos comerciais”, afirmou.
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