EDUCAÇÃO
Curso de Medicina de Cajazeiras terá diminuição drástica de vagas por ano
Thompson avalia o encontro como “positivo”, garante que o curso não vai fechar suas portas, mas admite que a UFCG será obrigada a reduzir drasticamente o número de vagas.
Publicado em 12/08/2010 às 17:20
Phelipe Caldas
O reitor da Universidade Federal de Campina Grande, professor Thompson Mariz, fez uma avaliação "positiva" na tarde desta quinta-feira (12) sobre o encontro que teve pela manhã com o ministro da Educação Fernando Haddad, em Brasília, em que ele reivindicou a permanência do curso de Medicina em Cajazeiras. O curso tinha recebido uma avaliação negativa do Conselho Nacional de Saúde em 2009, mas o reitor garante que os problemas identificados no ano passado já foram quase que totalmente sanados.
Thompson garante que o curso não vai fechar suas portas, mas admite que a UFCG será obrigada a reduzir drasticamente o número de vagas disponíveis. Atualmente são aprovados no vestibular 80 candidatos por ano, mas já a partir do próximo exame só serão aceitos 30 estudantes.
Ele explica que para manter o número anterior a região precisaria dotar de pelo menos 500 leitos, número que não existe atualmente na cidade. Para compensar a diminuição de estudantes de medicina em Cajazeiras, contudo, o reitor destaca que conseguiu a aprovação de outros três cursos na área de saúde: Biomedicina, Fisioterapia e Educação Física. E de quebra ainda conseguiu a liberação dos cursos de licenciatura em Matemática, Física, Química e Biologia.
“Fomos obrigados a diminuir o número de vagas oferecidas pelo curso de Medicina em Cajazeiras, mas conseguimos em troca sete novos cursos para a cidade”, explica o reitor, dizendo que no final das contas a cidade e a universidade conseguiram remediar os problemas existentes.
O novo curso de Medicina da UFCG estava em risco desde que o Conselho Nacional de Saúde deu no ano passado um parecer contrário, e Thompson destaca que nem mesmo o relatório positivo do Conselho Nacional de Educação, realizado em julho deste ano, foi suficiente para sensibilizar a Comissão Técnica de Acompanhamento e Avaliação que estava analisando o caso.
No encontro desta sexta, portanto, o reitor pediu para que o ministro avocasse o caso para que ele próprio analisasse a questão. “Pedimos isto porque o relatório contrário é de 2009 e, como tempos uma decisão positiva mais recente, queremos que ela seja considerada. As deficiências constatadas em 2009 estão superadas”, garantiu.
A audiência desta sexta com o ministro Fernando Haddad foi acompanhada também pelo governador José Maranhão (PMDB) e por quase toda a bancada paraibana no Congresso Nacional.
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