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EDUCAÇÃO

Ferramentas tecnológicas auxiliam estudantes no processo de aprendizagem

Publicado em: 10/09/2022 às 16:46

Investir em tecnologia de aprendizagem tem sido uma tendência para adequar o setor educacional no Brasil com o que há de referência no mundo. Ações de gamificação, criação de aplicativos e melhoria de avaliações contínuas são alguns dos projetos desenvolvidos na Paraíba.

Trabalhar com processos de ensino na educação básica e superior requer não somente aplicação de conteúdos, provas e notas no boletim. É preciso levantar dados, analisar números e interpretar contextos individuais que compõem cada sala de aula para reduzir desigualdades e alcançar objetivos de aprendizagem de forma mais efetiva. 

Dessa forma, empresas e unidades educacionais passaram, ao decorrer dos anos, a investir na implantação de tecnologias para auxiliar no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes nas salas de aulas e laboratórios, e o objetivo principal é aprimorar o mercado educacional brasileiro com inovações que estão fazendo parte das instituições de ensino de excelência no mundo para criar uma oferta conjunta para elevar o nível educacional do país.

As tecnologias digitais normalmente são mais leves, lúdicas, interativas, fáceis de reproduzir e essas características fazem com que seja de fácil divulgação, alcancem larga escala em pouco tempo e integrem os estudantes de forma global. O mundo digital também torna os estudantes mais vulneráveis, por isso a participação dos docentes é fundamental e essa troca de experiências potencializa os benefícios.

Projeto INOTECH

No Centro Educacional de Inovação e Tecnologia (INOTECH), em João Pessoa, utiliza-se um modelo educacional que oferece aos estudantes a oportunidade de desenvolver competências e habilidades na área da tecnologia e inovação que ajudarão os alunos na inserção com profissionalização no mercado de trabalho.

Na unidade educacional, os professores utilizam metodologias como a gamificação (utilização de jogos no processo de ensino) e realidade aumentada para trabalhar conteúdos em sala de aula. 

De acordo com o gestor educacional do Inotech, Arthur de Medeiros, a tecnologia tem sido uma aliada dos professores no processo de ensino e que aplicar a tecnologia junto a teoria deixa o processo de aprendizagem mais dinâmico e atrativo para os estudantes.

“A tecnologia tem sido uma grande aliada dos professores nas salas de aula, pois ela tem ajudado bastante na transmissão dos conteúdos, os alunos têm se mostrado mais interessados nas atividades pedagógicas. Eles [alunos] se sentem mais motivados e interessados em aprender os conteúdos”, relatou.

De acordo com a gestão educacional do projeto, no ensino dos estudantes, que é feito tanto em salas de aula quanto em laboratórios de informática, são utilizados aplicativos para smartphones, sites, notebooks, tablets, projeções em 3D, laboratório virtual e jogos interativos, além de recursos digitais para aprimorar o conhecimento, gerando mais interação entre os estudantes, proporcionando um incentivo à pesquisa e torna o processo de aprendizagem mais atrativo.

Projeto Lampião do IFPB

O Instituto Federal da Paraíba (IFPB), no campi de Campina Grande, desenvolveu um projeto que irá formar professores e estudantes a desenvolver aplicativos a partir de equipamentos da empresa norte-americana Apple. 

O projeto, denominado Lampião (Laboratório de Aplicações Móveis, Pesquisa e Inovação), envolveu cinco professores e 20 estudantes bolsistas. O trabalho realizado pela equipe possui três pilares: formação de professores, formação de estudantes e desenvolvimento de aplicativos voltados à demanda da sociedade. Ele foi financiado com recursos provenientes do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC) e de emenda parlamentar. O campus de Campina Grande propôs o projeto do laboratório prevendo aquisição de equipamentos da empresa norte-americana Apple, tornou-se uma Apple School, e está capacitando professores para oferecer um curso, com oferta de 40 vagas para programação para dispositivos Apple.

De acordo com a diretora-geral do campi do instituto em Campina Grande, Ana Cristina, o projeto será um diferencial para a formação dos estudantes que estiverem presentes no curso, mas o custo elevado para aquisição de equipamentos de alto valor dificulta o livre acesso para mais estudantes.

“O custo desses equipamentos dificulta o acesso e a capacitação de profissionais nesta área, especialmente em instituições públicas. Este será um diferencial na capacitação de nossos jovens, que poderão atuar neste mercado tecnológico que tem uma alta demanda por profissionais em todo mundo”, disse a diretora-geral.

O projeto iniciou no ano de 2020 e, em virtude da pandemia de Covid-19, teve uma fase exclusivamente remota, o qual utilizaram o desenvolvimento de aplicativos de interesse social. Neste ano, o campus retomou suas atividades presenciais e está montando o laboratório no campus para, em breve, oferecer o curso.

Ana Cristina ainda reforça a importância de utilizar ferramentas tecnológicas no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes, e que esse meio tecnológico é, também, um auxílio para os professores utilizarem novas ferramentas no processo pedagógico.

“Os estudantes são de uma geração conectada. Muitas vezes têm mais habilidades tecnológicas do que alguns professores. De forma alguma a tecnologia substitui as ferramentas pedagógicas que são comprovadamente eficazes para atingir um objetivo pedagógico, como exercitar a caligrafia, trabalhos manuais diversos, realização de experimentos em laboratórios, entre outros. A tecnologia vem para nos auxiliar a consolidar essa aprendizagem. Muito precisamos fazer também para auxiliar os professores a conhecer novos instrumentos tecnológicos que apoiam o processo de ensino-aprendizagem”, enfatizou Ana Cristina.

				
					Ferramentas tecnológicas auxiliam estudantes no processo de aprendizagem
Diretora Ana Cristina com equipamentos que serão utilizados no projeto - Foto: Ana Cristina/Arquivo pessoal. Diretora Ana Cristina com equipamentos que serão utilizados no projeto - Foto: Ana cristina/Arquivo Pessoal

Qstione estimula boas práticas em avaliações

Empresas têm se aprimorado para conciliar a tecnologia e a educação num denominador comum, sendo uma melhor forma de repassar aprendizagem para os estudantes. Uma dessas empresas foi fundada em 2015 pelo professor Fabrício Garcia, da área da saúde, em João Pessoa, que observou falhas no sistema avaliativo em universidades e decidiu estruturar um modelo no qual o professor seria estimulado a elaborar avaliações seguindo boas práticas pedagógicas, com maiores aprofundamentos, explorando ao máximo as competências dos alunos. 

O conceito aplicado por Garcia nas faculdades de medicina em que trabalhou recebeu, em 2016, a certificação de boas práticas em sistemas de avaliação de estudantes de medicina e se tornou referência local. 

O sistema da Qstione, inicialmente, trabalhava no processo de elaboração da avaliação. Em 2017, recebeu um upgrade significativo com a adição de tecnologias que permitem a análise contínua de dados acerca dos resultados dos estudantes, além de enviar devolutivas personalizadas aos alunos, professores e gestores.

As principais tecnologias desenvolvidas pela startup nordestina oferecem um sistema de gerenciamento de avaliações e softwares capazes de nortear escolas e universidades na geração e correção de avaliações, construção de planos de ensino, cronogramas e matrizes de referência da avaliação. Com o software, reitores de universidades e gestores escolares conseguem ter acesso aos dados das turmas, verificando se o plano de ensino foi executado e se os objetivos de aprendizagem foram alcançados. 

Desde a sua fundação, a startup realizou mais de 115 mil provas por ano, capacitando e auxiliando mais de sete mil professores com cerca de 400 mil questões construídas e validadas por meio da plataforma; foram mais de 80 mil alunos beneficiados.

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Erickson Nogueira

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