Índice de inadimplência nas escolas chega a 35%

Paula Brito
Do Jornal da Paraíba

Faltando três meses para o final do ano letivo, o índice de inadimplência nas escolas particulares de Campina Grande já atinge 35%. Isso significa que cerca de 7 mil dos 20 mil alunos matriculados estão com as mensalidades em atraso. Aproximadamente 700 pessoas desse total só pagaram uma única mensalidade desde o início do ano.

O problema é tão sério que semana passada o Sindicato das Escolas Particulares de Campina Grande promoveu um seminário sobre recuperação de crédito, para orientar os proprietários dos estabelecimentos a como proceder em caso de inadimplência. A orientação do sindicato é de que as escolas incluam o nome dos devedores em órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa e faça cobrança judicialmente.

“O momento é de negociação até porque a gente está se aproximando do final do ano, mas para aqueles pais que, mesmo após a conclusão do ano letivo, se recusarem a pagar a dívida, a escola deve tomar essas medidas já que a legislação é branda é favorece a inadimplência”, disse Paulo Loureiro, presidente do sindicato.

Segundo ele, boa parte dos pais deve regularizar a situação até dezembro até para garantir a matrícula dos filhos na rede privada já que, no ato da matrícula, as escolas exigem o comprovante de quitação de débito. Paulo explicou que a maioria dos pais inadimplentes não coloca a escola como prioridade no orçamento familiar.

“Existem casos de pais que atrasaram as mensalidades por problemas de saúde ou desemprego, mas a maioria não dá prioridade à educação do filho. Os pais devem procurar uma escola cuja mensalidade caiba no orçamento para que possam cumprir com as despesas. As escolas têm custos muito altos e praticamente todos têm que ser pagos à vista, como água, luz, telefone, salário dos professores e INSS”, afirmou Paulo.

Campina Grande possui cerca de 200 escolas particulares. Desse total, 50 são filiadas ao sindicato.