Clubes pedem novas regras para a loteria

A eficiência da Timemania é colocada em xeque quando se analisa o exemplo do Corinthians, que, apesar de ser o líder das arrecadações, só tem conseguido abater aproximadamente R$ 1 milhão por ano. Trata-se de uma estatística desanimadora, segundo revelou o diretor de finanças do clube, Raúl Correia Silva.

“A Timemania tem de ser revista. É fundamental que exista, mas precisa passar por uma reformulação em todos os sentidos. Precisa haver um maior comprometimento de todos na questão da publicidade e das regras claras”, comentou o dirigente.

Quem engrossa o coro de mudanças na Timemania é o ex-presidente do Palmeiras, Luiz Gonzaga Belluzzo. Segundo ele, ao invés de contribuir para o pagamento dos débitos, os números atuais mostram que a loteria esportiva está servindo, na verdade, para aumentar ainda mais as dívidas dos clubes.

“Esses 10% de abatimento indicam que a dívida não está sendo amortizada. Pelo contrário, pode estar aumentando. A Timemania, ao meu ver, não foi uma boa ideia. Precisamos rediscutir esta iniciativa”, declarou Luiz Gonzaga Belluzzo, que também é economista.