A Gaviões da Fiel e a Mancha Alviverde, torcidas organizadas de Corinthians e Palmeiras, respectivamente, estão proibidas pela Federação Paulista de Futebol (FPF) de entrarem nos estádios. A entidade comunicou a decisão na tarde de ontem, por meio de uma nota em seu site oficial. O prazo de suspensão não foi divulgado.
Uma confusão envolvendo membros das duas torcidas na manhã de domingo, na avenida Inajar de Souza, zona norte de São Paulo, vitimou o palmeirense André Alves Lezo, baleado na cabeça.
O pedido para que as uniformizadas fossem vetadas partiu da delegada Margarette Barreto, da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que está cuidando do caso ao lado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
O gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio, representou o clube no enterro de André Alves Lezo, torcedor que morreu após ser baleado em briga com corintianos na zona norte de São Paulo.
“Acho que os chefes das torcidas devem sentar e conversar, entender que nós estamos próximos de sediar o evento esportivo de maior repercussão mundial, que é a Copa. Mais do que expressar a tristeza, temos que nos posicionar para que isso acabe”, disse o dirigente.
Cerca de 500 pessoas compareceram ao cemitério do Jaraguá para prestarem as últimas homenagens ao palmeirense, que estava com 21 anos. A maioria dos presentes vestia a camisa da Mancha Verde.
Lucas Alves Lezo, irmão de André, é vice-presidente da uniformizada. Recentemente, ele também se envolveu em uma confusão e acabou levando um tiro na perna. O fato ocorreu no ano passado, em um clássico contra o Corinthians em Presidente Prudente (SP), e o torcedor acusou a Polícia Militar de ter efetuado o disparo.
