As torcidas organizadas de Campinense e Treze estão proibidas de atuar no clássico do próximo domingo no Estádio Amigão. O torcedor que tentar assistir o jogo portando faixas, bandeiras, camisas ou qualquer símbolo que leve a marca das torcidas organizadas será barrado pela Polícia Militar.
A decisão foi anunciada ontem pelo Ministério Público, durante reunião com representantes dos clubes e da PM para definir o esquema de segurança para a partida.
As torcidas rivais também serão divididas, ocupando setores diferentes do Amigão. A Polícia Militar, representada pelo tenente-coronel Souza Neto, determinou que a torcida do Campinense, mandante de campo, ocupe a arquibancada sombra, enquanto os trezeanos terão de ficar na geral (arquibancada sol). No próximo clássico dos maiorais marcado para 1° de maio, as posições se invertem, já que o mando de campo será do Treze.
O horário da partida deste domingo também será alterado para as 17h, e não mais às 16h como previsto anteriormente. Também foi estabelecido um limite no número de ingressos colocados à venda, que deverá ser no máximo de 19,7 mil entradas. Os representantes dos clubes e das torcidas organizadas concordaram com as medidas e assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
De acordo com a promotora Adriana Amorim, as medidas visam evitar os confrontos entre grupos de torcedores rivais e foram motivadas pelas mortes de dois membros de organizadas, assassinados recentemente em Campina Grande. “Não somos contra as torcidas organizadas, apenas queremos resguardar a vida. Queremos garantir a segurança antes, durante e depois da partida, para que o espetáculo não se transforme em um caso de polícia”, afirmou a representante do MPPB.
Os clubes também se comprometeram em não distribuir gratuitamente ingressos para as torcidas organizadas. O presidente do Treze, Eduardo Medeiros, e o diretor rubro-negro Sérgio Murilo também estiveram presentes na reunião, além dos representantes das torcidas dos dois clubes.
