Gerson sente baixa precoce de Sávio no revés para o Ituano e quer Botafogo-PB ainda mais focado

Técnico botafoguense admite que saída do lateral-direito ainda nos primeiros minutos de jogo derrubou a sua estratégia para abertura do quadrangular do acesso.

(Foto: Reprodução / Botafogo-PB)

A esperada estreia do Botafogo-PB no quadrangular do acesso da Série C do Campeonato Brasileiro terminou de forma melancólica. Isso porque o time foi derrotado pelo Ituano por 1 a 0 em pleno Estádio Almeidão, no jogo que marcou a volta da torcida para as arquibancadas. O gol dos paulistas só saiu na segunda etapa, mas um outro fato comprometeu o rendimento alvinegro ainda na etapa inicial. Foi a lesão do ombro do lateral-direito Sávio, que aconteceu logo aos seis minutos de partida. O técnico Gerson Gusmão, inclusive, garantiu que esse fator comprometeu a estratégia do Belo, mas que isso não serve de desculpa, e agora a equipe vai ter que estar mais focada nos cinco jogos restantes da fase.

Sávio era o lateral que apoiaria o lado direito do Botafogo-PB, algo que durou apenas seis minutos, pois o jogador machucou o ombro e teve que deixar o gramado. Para o seu lugar entrou o multifuncional Juninho, que não conseguiu ser tão incisivo na sequência da partida.

Botafogo-PB x Ituano
Ituano surpreendeu o Botafogo-PB em pleno Almeidão e largou na frente no quadrangular do acesso (Foto: Suelanio Viegas)

Gerson Gusmão ressaltou que a saída de Sávio comprometeu exatamente um setor em que o Botafogo-PB não possui uma peça de reposição, sendo obrigado a improvisar Juninho. Contudo, mesmo com a saída precoce, o treinador botafoguense acredita que o time poderia ter terminado o jogo com uma melhor sorte.

— Qualquer atleta que vai para campo você monta uma estratégia de jogo, e quando ele sai machucado compromete essa proposta. Mas, infelizmente, foi numa posição em que a gente não tem uma reposição. Acabamos demorando um pouco a assimilar uma nova formação, porque gostaríamos de utilizar a velocidade pelo lado direito do campo. Mas, apesar disso, eu acho que poderíamos ter conquistado um resultado melhor — disse o técnico do Belo.

O primeiro tempo terminou de maneira bem morna, mas foi no segundo que o Botafogo-PB cresceu. O time criou chances para abrir o marcador, mas acabou castigado pelo Ituano, que marcou com Igor aos 12 minutos da etapa final. O gol mudou o jogo, com o Belo sentindo o golpe e não sendo capaz de reagir.

— Foi um jogo muito disputado, com eles jogando no nosso erro. A gente procurou neutralizar isso, que era o que nosso adversário tinha de melhor. No segundo tempo voltamos mais focados, criamos logo uma oportunidade para sair na frente. Nós estávamos bem, mas aí acabamos sofrendo o gol. O golpe foi sentido e demoramos demais a assimilar o resultado. Não conseguimos reverter a desvantagem — avaliou Gerson.

A derrota compromete demais os planos do Botafogo-PB pelo acesso. É que o quadrangular, que, além de Belo e Ituano, conta com Paysandu e Criciúma, é decidido em seis jogos para cada time. Ou seja, restam cinco partidas para o clube de João Pessoa conhecer o seu destino para 2022.

Botafogo-PB x Ituano
Botafogo-PB tem cinco jogos pela frente para conquistar o acesso ou seguir na Série C em 2022 (Foto: Guilherme Drovas / Botafogo-PB)

Gerson Gusmão reconhece que a derrota em casa é um prejuízo grande na luta pelo acesso. Por isso, o time vai ter que recuperar esses pontos perdidos fora de casa. O comandante alvinegro destacou que a equipe possui um bom padrão de jogo, mas a má fase ofensiva é um sinal que gera muita preocupação. Até aqui, o Botafogo-PB disputou 19 jogos e marcou 17 vezes, uma média de 0,8 gol por partida.

— O time produz, articula, movimenta, mas peca na hora do arremate. Sendo assim, temos que seguir trabalhando, pois somos um grupo trabalhador e vamos buscar a vitória na próxima rodada — concluiu.

A próxima rodada para o Botafogo-PB acontece no dia 11, numa segunda-feira, às 20h, contra o Paysandu no Estádio da Curuzu. Durante a primeira fase, o Belo derrotou o Papão tanto em João Pessoa quanto em Belém, mas foram os paraenses que terminaram o Grupo A na liderança. Agora, no Grupo C, que é um dos quadrangulares do acesso, a pressão certamente vai aumentar.