Bolinha admite convite, mas descarta possibilidade de candidatura à presidência do Treze

De acordo com empresário, falta de tempo na sua agenda o impossibilita de estar à frente do Galo. No entanto, se pôs à disposição para auxiliar no processo de reformulação.

(Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Candidato à prefeito de Campina Grande nas duas últimas eleições, o presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Campina Grande, Artur Bolinha, admitiu nessa terça-feira, em evento realizado na entidade, que foi convidado a se candidatar à presidência do Treze, no processo eleitoral que está aberto e se encerrará com as eleições para o mandato tampão que acontecerá no próximo sábado, dia 13, no Estádio Presidente Vargas, em Campina Grande. O empresário, no entanto, apesar de ter se colocado à disposição para auxiliar o futuro mandatário alvinegro no processo de reestruturação do clube, que vive uma de suas piores crises financeiras e administrativas dos últimos tempos, declinou da oferta alegando falta de tempo para conciliar as suas funções e as obrigações à frente do Alvinegro do São José.

— Algumas pessoas me ligaram, sim. Na oportunidade eu estava fora do Brasil e me pediram que eu pusesse o meu nome à disposição para concorrer à presidência do Treze. Eu quero ajudar o Treze, sou trezeano, acho que o clube é um patrimônio de Campina Grande, me preocupo, de verdade, com a situação que o time passa. Mas existe uma questão muito importante que precisa ser discutida e eu expus isso de forma muito clara: me falta tempo. Para ser presidente de um clube da magnitude do Treze é necessário tempo disponível para que se vivencie o dia-a-dia, para se dedicar exclusivamente ao time para, só assim, corresponder às expectativas do torcedor. Hoje eu não disponho desse tempo — afirmou.

Artur Bolinha afirmou que momento do Treze é preocupante e pregou por união
Artur Bolinha afirmou que momento do Treze é preocupante e pregou por união de dirigentes (foto: Divulgação)

A situação administrativa e financeira do Galo é, de fato, complicada. Sem calendário para o segundo semestre de 2022, o time apostará tudo no Campeonato Paraibano, onde precisa chegar às finais para garantir o seu retorno à Série D e, a partir daí, montar um projeto que viabilize uma escalada gradativa rumo às divisões superiores. Para Bolinha, a reestruturação galista é necessária uma vez que, caso a situação do Treze se torne irreversível, o Campinense, maior rival do clube, também poderá sofrer com a questão num futuro próximo e, muito por isso, se põe a ajudar a equipe e pregou por um senso de união dos dirigentes.

— Se o Treze tiver um fim trágico, o Campinense, por consequência, também terá mais à frente. Um depende da existência do outro, são patrimônios de nossa cidade. Falei abertamente às pessoas que me convidaram que, independente de quem estiver à frente, caso eu possa ajudar, eu o farei. Acredito que o Treze precisa urgentemente de um senso de união. Há pessoas, como eu, que amam o time, que querem vê-lo bem sem ter a vaidade de ter o seu nome na diretoria, sem se importar com o cargo que vai ocupar, o importante neste momento unir o Treze, algo que não é fácil, para que possamos erguer o time e colocá-lo de volta no lugar que ele precisa e merece estar — finalizou.

O prazo de homologação das possíveis candidaturas, segundo o edital divulgado pelo clube, já está em aberto desde o último domingo e seguirá até a próxima sexta-feira, dia 12. De acordo com o setorista do Treze na Rádio CBN de Campina Grande, o repórter Marcos Siqueira, a expectativa é que Olavo Rodrigues apresente os nomes que irão compor a sua Diretoria Executiva até a próxima quarta. O registro da chapa, por sua vez, deve acontecer na quinta ou na sexta-feira.