Após a boa estreia contra o Náutico, o Campinense voltou a campo na tarde deste sábado para encarar o Bahia, agora diante da sua torcida, pela Copa do Nordeste. A meta era simples: buscar a vitória, quebrar um tabu de 60 anos sem vencer o adversário e engatar uma boa sequência no Nordestão. O que se viu, no entanto, foi o oposto, uma vez que após o apito final a Raposa saiu de campo derrotada pelo placar de 3 a 1 e amargando mais uma derrota para o Tricolor de Aço.
O Bahia foi indiscutivelmente melhor que a Raposa nos primeiros 45 minutos de jogo. Com Daniel, camisa 10 tricolor, buscando acionar os atacantes Raí Nascimento e Marco Antônio na velocidade, os baianos criaram boas oportunidades, mas, em grande parte delas, esbarraram no mau posicionamento de seus jogadores de ataque. Aos 40 minutos, o gol: após escanteio, a defesa raposeira afastou mal, Rezende chutou mascado e a bola sobrou limpa para Marco Antônio, em posição legal, estufar as malhas de Mauro Iguatu, abrindo o marcador no Amigão.
Como já diria Muricy Ramalho: a bola pune. Aos 46 minutos, Daniel, mais uma vez, encontrou Raí Nascimento sozinho, o camisa 7 do Bahia ficou cara a cara com Mauro Iguatu e, com muitas possibilidades em vista, escolheu tocar por cobertura e viu a bola sair mansamente à linha de fundo, em tiro de meta. Certamente o técnico Guto Ferreira não ficou nada feliz quando, 30 segundos depois o lateral-direito Felipinho recebeu livre na intermediária, encheu o pé e contando com desvio da defesa, acertou o ângulo de Danilo Fernandes empatando a partida. Acabava ali o primeiro tempo da partida.
O segundo tempo veio, e com eles as boas escolhas do técnico Guto Ferreira, que sacou Raí Marinho e colocou em campo o colombiano Rodallega. O Campinense, por sua vez, voltou melhor, adiantando as suas linhas e sufocando o saída de bola do Bahia. O time visitante, muito por conta do posicionamento tático imposto pela equipe do técnico Ranielle Ribeiro, demorou a criar chances e buscava administrar o resultado. Isso até os 39 da segunda etapa, quando em falta na intermediária, Rodallega bateu com categoria e acertou o ângulo de Mauro Iguatu, fazendo o segundo gol da partida.
Para coroar a boa aparição tricolor, aos 43, em jogada toda construída por jogadores vindos do banco de reservas, o lateral-direto Jhonatan acertou uma passe magistral para Marcelo Cirino, em velocidade, deixar os marcadores para trás e tocar na saída do goleiro Mauro Iguatu, dando números finais à partida e sacramentando a manutenção de um tabu de 60 anos sem derrota para o Campinense.