Craques do passado: o imortal Salvino, ídolo de Botafogo-PB e Fortaleza

Jogador marcou época no futebol do Nordeste, em especial no Leão do Pici e no Belo.

Um dos grandes goleiros da história do futebol paraibano foi, sem dúvidas, Salvino. O potiguar de Marcelino Vieira começou sua carreira em Natal, no Alecrim, mas foi, sobretudo, no  futebol cearense e no da Paraíba, que o ex-goleiro marcou época, conquistando várias taças estaduais, defendendo a meta e impedindo os atacantes adversários de transporem seu gol. Com o Fortaleza, Salvino foi tricampeão cearense, e com o Botafogo-PB foi tetracampeão paraibano. 

Como dito, seu início foi no seu estado natal. E na cidade Natal. Não a sua, mas a capital do Rio Grande do Norte. Com a camisa do Periquito, Salvino deu os seus primeiros passos nas categorias de base do Alecrim, em 1972, aos 17 anos. 

Aos 18, se transferiu para o Sport, um clube maior, onde teria mais projeção. Esteve nas categorias de base do Leão e foi no clube de Recife que o arqueiro se profissionalizou, iniciando uma trajetória que seria repleta de glórias. Mas não ali, em Pernambuco. Ficou dois anos no time da Ilha do Retiro e, em 1975, se transferiu para o Botafogo-PB.

Craques do passado: o imortal Salvino, ídolo de Botafogo-PB e Fortaleza

No Belo, Salvino seria protagonista, e foi no futebol paraibano que o jogador aflorou o seu talento. Em quase dez anos de clube, Salvino foi figura carimbada na meta titular do Alvinegro da Estrela Vermelha, se tornando íntimo da torcida botafoguense. 

Virou ídolo após se sagrar tetracampeão paraibano pelo Belo, de 1975 a 1978. Quem lembra bem das atuações do goleiro é o torcedor Francisco Serpa. Ele conta da chegada de Salvino ao clube e de como o arqueiro se firmou com a camisa 1 botafoguense. 

“Salvino chegou aqui no início de 1975, vindo do Sport Club do Recife juntamente com Nilton, João Carlos, Celso, Evandro e Nelson. Todos trazidos pelo treinador Pedrinho Rodrigues. O seu preparo físico e vontade de vencer chamavam a atenção de todos. Gostava de treinar e levava a profissão muito a sério, melhorando sempre dentro de campo, principalmente nas saídas de bola altas. Também era bom na reposição. Ele foi um dos grandes goleiros que o Botafogo PB teve em sua história”, conta Serpa

Craques do passado: o imortal Salvino, ídolo de Botafogo-PB e Fortaleza
Foto: Divulgação

Salvino ficou no clube até o primeiro semestre de 1980, quando se transferiu para o Ferroviário, iniciando sua também linda trajetória no futebol cearense. Mas foi com outra camisa tricolor que Salvino brilhou por mais tempo.

Não contente de ser ídolo de um tradicional clube nordestino, como o Botafogo-PB, o goleiro potiguar se destacou também com a camisa do Fortaleza. Pelo clube, foi tricampeão cearense, em 1982, 1983 e 1985. Vestiu depois as camisas de Ceará, ABC, Tiradentes-CE e Maranhão, antes de voltar ao Fortaleza, onde jogou em 1990 e 1991. Se despediu do futebol como atleta em 1992, pelo Capela, de Alagoas. 

Depois do fim da carreira como jogador, foi preparador de goleiros do Fortaleza por mais de uma década. Salvino nasceu no dia 7 de novembro de 1955 e morreu no dia 28 de julho de 2018, ao 63 anos, como grande ídolo do Fortaleza e do Botafogo-PB.