Presidente do Atlético-PB critica a torcida, expõe dívida de R$ 4 milhões do clube e garante que o time não será rebaixado

Paulo Albuquerque desabafou através do seu perfil em uma rede social.

Foto: Divulgação / Atlético-PB

O Atlético de Cajazeiras vem passando por uma crise dentro e fora de campo, com isso, as criticas por parte torcida são muitas. Como desabafo, o presidente do clube, Pedro Albuquerque, fez uma publicação em uma de suas redes sociais e acabou expondo uma dívida de R$ 4 milhões da agremiação, mas, mesmo com tantos problemas, ele garantiu que o clube não cai para a segunda divisão.

O Trovão iniciou a preparação para a temporada 2022 animando o torcedor. Contratou cedo, iniciou a pré-temporada com um bom tempo até a estreia no Campeonato Paraibano Pixbet, conseguiu um prédio para alojamento dos atletas (através de uma concessão com o Governo do Estado), porém, dentro de campo, as coisas não funcionaram.

Os resultados ruins foram acumulando, sendo três derrotas e um empate até o momento. Também ocorreu uma série de mudanças no elenco, incluindo troca da comissão técnica, deixando claro que o clube passa por uma crise. As cobranças por parte da torcida fizeram com que o presidente do Alviazulino, Paulo Albuquerque, fizesse um desabafo através de uma rede social, onde além criticar o torcedor pela baixa média de público nos jogos em casa, ele expôs uma dívida de 4 milhões, que vem se acumulando desde de gestões anteriores.

“Futebol não se faz sem dinheiro, sem apoio e principalmente com média de público de 450 pagantes por jogo. Principalmente quando se pega um clube falido, sem estrutura alguma, com mais de R$ 4 milhões em dividas e se depara com alguns torcedores imediatistas que não tem paciência de se ver um projeto de organização a longo prazo pra que um dia se possa colher frutos”, disse Paulo.

A situação do Atlético de Cajazeiras no Campeonato Paraibano é realmente complicada. O time ocupa a lanterna do Grupo A e, até o momento, não venceu nenhum jogo, sendo que três das quatro partidas disputadas até então foram em casa, no Estádio Perpetão, o que já liga um sinal de alerta em relação a um possível rebaixamento. Mas Paulo falou com esperança de que o Trovão não cairá para a 2ª divisão.

““Uma andorinha só não faz verão”, ouvi muito essa frase durante toda a minha vida e uso ela hoje, pra anunciar aos torcedores que, não deixarei o Atlético na segunda divisão, caso isso aconteça assumirei a responsabilidade e só sossegarei quando tornar a elite de onde ele merece está”, explanou.

O Atlético de Cajazeiras volta a jogar pelo estadual no próximo domingo, no Clássico Sertanejo contra o Sousa. O confronto acontece no Estádio Perpetão, em Cajazeiras, com início às 16h.

Confira a publicação na íntegra

Desde quando assumimos a diretoria, juntamente com integrantes da Mancha e alguns membros da imprensa, propomos o que de fato tínhamos intenção: organizar, estruturar, fazer um campeonato saudável financeiramente, para que em um espaço de tempo pudéssemos colher frutos e de fato ser grandes, assim como acho que merecemos.
Diante disso, formamos uma diretoria que de fato ama o clube e que abdicou de afazeres pessoais e nos tornamos: pintores, pedreiros, eletricistas, capinadores, entre outros, visando sempre o melhor para o clube. Vale ressaltar que nossa diretoria saiu do alojamento as 21:00 do dia 31/12/2021 terminando de organizar/pintar o alojamento e assim tentar começar uma nova história.

Sou atleticano fanático desde os meus 9 anos, hoje tenho 34, tornando assim 25 anos de amor e sofrimento, tempo que alguns que criticam e cobram nem tem de idade. Respeito a opinião da torcida e concordo com a cobrança, mas de fato vejo que não há a possibilidade de se organizar algo sem que haja apoio e união. Uma “andorinha só não faz verão,” ouvi muito essa frase durante toda a minha vida e uso ela hoje, pra anunciar aos torcedores que, não deixarei o Atlético na segunda divisão, caso isso aconteça assumirei a responsabilidade e só sossegarei quando tornar a elite de onde ele merece está, mas jamais eu faria apenas mais do mesmo e me tornaria um presidente a acumular dividas trabalhistas jogando o clube ainda mais no fundo do poço, sendo assim, ao finalizar o campeonato, se permanecermos na elite estadual, colocarei o cargo de presidente à disposição do conselho deliberativo, mas ressaltando que sempre apoiarei e irei torcer pelo maior clube do Sertão paraibano. Sou e serei atleticano até o último dia de minha vida. Abraços!