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Danylo Maia admite que Campinense vai fazer sacrifícios para planejar a temporada 2023

Presidente da Raposa comenta sobre os passos que o clube deve seguir no planejamento financeiro e escolha cirúrgica pela gestão de Flávio Araújo com o elenco do próximo ano

Publicado em 19/09/2022 às 12:29


                                        
                                            Danylo Maia admite que Campinense vai fazer sacrifícios para planejar a temporada 2023
Danylo Maia, presidente do Campinense | Foto: Samy Oliveira / Campinense Clube

O acesso para a Série C amenizou os prejuízos financeiros do Campinense para 2022. Só que, neste ano, a Raposa foi rebaixada de volta para a Série D e tudo voltou a ficar mais difícil. E isso tem sido um motivo e tanto para que o presidente Danylo Maia repense com muito cuidado os passos que serão dados no planejamento da Raposa para a próxima temporada.

Com um empilhamento de dívidas por conta dos problemas que enfrenta fora das quatro linhas, o planejamento para o ano de 2023 passou a ser uma dor de cabeça no Campinense. Apesar de ter garantido calendário completo para o próximo ano, Danylo Maia garante que o descenso para a quarta divisão tem um impacto imensurável, com a perda de pelo menos R$ 400 mil na folha do clube.

Com um ano inteiro a ser traçado, a expectativa do mandatário passa pela formação de um plantel com jogadores que ofereçam custo-benefício e com um perfil que será traçado pela comissão técnica comandada por Flávio Araújo, a quem ele demonstra ter total confiança nos atletas que devem ser indicados.

— A nossa preocupação foi sempre na parte financeira, já que é de conhecimento os problemas judiciais, trabalhistas e fiscais que vive o Campinense. A gente tem criado grande expectativa pelos arbitrais. Também estamos aguardando sinalização da CBF quanto a cota que será destinada. A Liga do Nordeste e a CBF dependem dos acertos comerciais. Depois disso, farão o repasse. A partir do momento que soubermos o quanto vamos receber, já que vivemos apenas de cotas, vamos nos planejar. Descer da C para D incomoda bastante, é claro. É como se tivesse trabalhado em vão. A gente perdeu uns R$ 400 mil que deixaram de vir. A gente vai ter que cortar na carne e sacrificar um pouco o modelo e o planejamento das contratações. A manutenção de Flávio é por ser cuidadoso e conhecer o perfil regional — analisou.

Danylo também exalta sobre o quão tem sido fundamental ter adotado um modelo eficaz de sócio-torcedor. De acordo com ele, é este valor que tem mantido o clube em dia com as despesas depois da pausa no calendário no futebol.

— Temos pouco mais de 1000 sócios, e é um número interessante. Ano passado, mesmo com o acesso, não conseguimos estabelecer a média desse ano. Essa receita continua nos auxiliando com as despesas. O clube está inativo, mas há contas para pagar. 80% da folha deste ano foi paga praticamente com o sócio-torcedor — disse.

Em agosto, o Campinense conseguiu provar que Arthur Cabral fez parte de suas categorias de base e que, desta forma, teria direito a um percentual dentro do mecanismo de solidariedade de clube formador da Fifa, algo em torno de € 79 mil (cerca de R$ 415 mil) referente à venda do atacante Arthur Cabral do Palmeiras para o Basel, da Suíça, em 2020.

Esse valor, inclusive, pode ser aumentado, já que, Em janeiro deste ano, o atacante foi vendido do Basel para a Fiorentina por € 15 milhões — cerca de três vezes mais do que a transação de 2020. Tudo isso está também no radar da Raposa para poder ter um aporte futuro ainda maior no planejamento.

— Temos aguardado a tramitação para receber uma parcela do mecanismo de solidariedade da FIFA quanto a Arthur Cabral. É mais uma receita que a gente não contava. Não é nada absurdamente grande, até porque serão valores auxiliares. Temos checado com a FIFA para termos direito também na transferência dele do Basel para a Fiorentina — afirmou.

Na próxima temporada, o Campinense tem pela frente, em seu calendário, as disputas do Campeonato Paraibano, da Copa do Nordeste, da Copa do Brasil e, no segundo semestre, da Série D do Brasileiro.

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Cadu Vieira

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