Por Pedro Alves
O Botafogo-PB tem uma missão espinhosa pela frente na noite desta quinta-feira no Estádio Almeidão. O começo ruim na Copa do Nordeste lhe coloca numa situação difícil. O Belo tem que vencer – e não só pontuar – o melhor time da região, favorito ao título e que vai com Vina e sua trupe para o jogo de logo mais, para poder manter acesa a chance de passar de fase. Mas por que uma análise tão fatalista a essa altura do torneio? Vamos aos fatos.
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A rodada atual, a quinta, é a que marca a transição da primeira parte da primeira fase para segunda parte. A partir do fim do jogo desta noite, o Botafogo-PB tem menos rodadas a jogar do que já disputou, nesse formato atual da Copa do Nordeste em que a equipe encara os oito adversários do outro grupo.
O Belo sairá de campo hoje com os mesmos três pontos que têm, em caso de derrota para o Ceará, com quatro, em caso de empate, ou com seis, se conseguir o triunfo nesta noite. Só o último cenário interessa. Até o empate praticamente tira a chance de classificação da equipe.
A análise é menos matemática aqui, que fique claro. Tem a ver com a história e com a dificuldade da competição. No formato atual, nunca um time que passou da quinta rodada com dois pontos ou mais de diferença para o G-4 do seu grupo conseguiu alcançar a classificação para o mata-mata. Ou seja, mesmo que o Belo vença, já terá que fazer história.
De todo modo, me parece óbvio, que em caso de empate ou derrota, as chances de classificação se reduzem a pó. Com cinco pontos (como agora) ou quatro (em caso de empate com o Ceará) de diferença para o G-4 ao fim da quinta rodada, só um milagre – e muita bola, o que não vem tendo – para o Botafogo-PB emplacar a quarta presença seguida nas quartas de final do Nordestão. Para isso, vai precisar vencer o melhor time do Nordeste, sem mesmo o combustível da arquibancada. Missão inglória para Marcelo Vilar e companhia.