ESPORTES
Farra do dinheiro público
Obras da Copa causam revolta e motivam protestos.
Publicado em 24/05/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 15:05
O provável superfaturamento nas obras para a Copa do Mundo tem motivado protestos e manifestações de todo o tipo no país. O que poderia ser um sinal de amadurecimento da democracia ou mesmo de uma população alerta e mais politizada.
De qualquer forma, não faltam motivos para se indignar com a Copa do Mundo. Primeiro, porque o badalado legado para o país periga em não vir. Até agora, a “Copa das Copas”, como disse a presidenta Dilma Rousseff, só vingou para criar mais alguns estádios com potencial para serem elefantes brancos no futuro.
Ainda assim, são os estádios - e sem eles não há Copa - a única coisa que parece ter mudado no Brasil para o Mundial. Mas até isso custa caro - e como custa. Para se ter uma ideia, a Copa de 2006, na Alemanha, teve um orçamento de 5 bilhões de dólares. E deixou um saldo de 40 mil empregos, acabando de vez com as diferenças entre ocidentais e orientais.
No caso do Brasil, não conseguimos sequer cumprir o cronograma financeiro. Todos os 12 estádios do Brasil estouraram a conta. O Mané Garrincha, em Brasília, foi o campeão de remendos, aumentando a previsão inicial em 201%, passando de R$ 631 milhões para imcompreensíveis R$ 1,9 bilhões.
Além dele, o Maracanã (R$ 1,2 bilhões) e o Itaquerão (R$ 1 bilhão) foram os mais caros da Copa. Veja abaixo:
Semáforo
Sinal vermelho
Outra baixa - A Croácia perdeu mais um jogador para a Copa do Mundo. Nesta semana foi confirmada a lesão muscular do lateral Ivan Strinic, do Dnipro. É a segunda baixa no time, que já havia perdido meia Ivo Ilicevic, do Hamburgo.
Sinal amarelo
Mudança radical - Um dos três estádios particulares da Copa, o Beira-Rio passará por muitas mudanças nos próximos dias. Entregue pelo Inter à Fifa, o estádio será adequado às exigências em 23 dias.
Sinal verde
Apoio popular - A Bélgica recebeu um grande incentivo no início dos treinamentos da seleção para a Copa do Mundo. Cerca de 10 mil torcedores compareceram ao Cristal Arena, em Genk, onde os jogadores fazem a preparação.
Números da Copa
13 gols marcou o francês Just Fontaine na Copa do Mundo de 1958. Até hoje, é o maior artilheiro em uma só edição de Mundial. Já em relação a números absolutos, Ronaldo é o recordista com 15 gols marcados em duas Copas (1998 e 2002; em 1994 ele não jogou em nenhuma partida)
12 seleções jamais somaram pontos em Copas do Mundo. O pior retrospecto é de El Salvador, que em duas participações perdeu os seis jogos que disputou, com direito até a maior goleada da história das Copas - 10 a 1 para a Hungria, em 1982. O detalhe é que esse gol foi o único dos salvadorenhos em Mundiais - levou 22 ao todo. As outras seleções ‘invictas’ são Iraque, Eslovênia, Togo, Canadá, Indonésia, Emirados Árabes, China, Nova Zelândia, Grécia, Haiti e Zaire.
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