Foi mesmo um erro?

Atrasos nos estádios, promessas não cumpridas, obras superfaturadas, pressão popular... Os motivos estão aí para que a Fifa considere a escolha do Brasil para sediar a próxima Copa do Mundo como um dos maiores equívocos de sua história.
Jerome Valcke já deixou claro, em mais de uma vez, o arrependimento por entregar de bandeja a organização do prato principal de seu cardápio. E ainda mais sem concorrência, já que o Brasil foi candidato único.

Como bem ou mal a situação do Brasil vai se resolvendo, a Fifa já aponta a sua metralhadora para o Catar. O presidente Joseph Blatter fez questão de reconhecer que a escolha do país árabe para sediar o Mundial de 2022 foi “um grande erro”, só para citar a mesma expressão usada para o Brasil.

O problema dos catarinos não diz respeito à organização, e sim, às temperaturas extremas. Preocupada com o calor (e, claro, com a repercussão negativa que as reclamações têm sobre sua candidatura à reeleição), Blatter considera adiar a Copa do Catar para o fim do ano.

Ok, mas não foi um erro, seu Blatter. Como também não foram as escolhas de Brasil e Rússia, que vai receber a Copa em 2018. E também a da África do Sul, em 2010.
Simplesmente porque esses são os poucos países que concordaram com a Lei Geral da Copa, que concordaram com o caminhão de dinheiro que só a Fifa vai receber.

Dinheiro ou erro. Para os velhinhos da Fifa, são sinônimos.

Semáforo

Sinal vermelho

Corrupção - Autor do livro ‘Jogada ilegal’, o escritor português Luis Aguiar busca mostrar os bastidores da Fifa marcados pela corrupção. Ele acredita que a entidade está envolvida num esquema ilegal de ingressos na Copa.

Sinal amarelo

Questão de saúde - O Uruguai sugeriu que seus torcedores se vacinem contra o sarampo antes de viajar para o Brasil. Em 19 dos 32 países que disputarão a Copa, não é registrado casos da doença.

Sinal verde

Dinheiro em caixa - Messi voltará a ser o jogador mais bem pago do mundo. Ele renovou seu contrato com o Barcelona e vai receber R$ 60 milhões por ano, deixando para trás Cristiano Ronaldo.

Números da copa

semifinais da Copa do Mundo de 1990 foram decididas em cobranças de pênaltis, fato inédito na história das Copas. Curiosamente, os dois jogos registraram o mesmo placar tanto nos 120 minutos, como nos tiros livres. Em Turim, Alemanha e Inglaterra empataram por 1 a 1, e depois os alemães avançaram com uma vitória de 4 a 3 nos pênaltis. Em Nápolis, Itália e Argentina também ficaram no 1 a 1, com os argentinos eliminando os anfitriões também por 4 a 3.

100 mil francos suíços foi o valor estipulado da Taça Fifa, entregue pela primeira vez na Copa do Mundo de 1974, na Alemanha. A Jules Rimet, que estava em disputa desde 1930, foi definitivamente entregue ao Brasil após a conquista do tricampeonato na Copa do México, em 1970.