Hulk minimiza ato racista da torcida do Zenit

O atacante paraibano Hulk, que está de férias na Paraíba aproveitando a paralisação do Campeonato Russo durante o rigoroso inverno do país, falou neste final de semana sobre um manifesto divulgado por uma torcida organizada do Zenit, seu atual clube, que se posicionava contra a contratação de jogadores negros ou homossexuais pelo clube. Mesmo com o clima de desconforto que se formou, o jogador (que é considerado negro pelos russos) disse que esse tipo de comportamento por parte da torcida não o intimida e que seu pensamento é focado apenas para o trabalho dentro de campo.

“Para falar a verdade, isso não me preocupa de maneira nenhuma. Se eu desse atenção para essas interferências não teria aceitado a proposta de ir para o Zenit. Mas eu estou bem, estou feliz lá. Sempre fui bem recebido, inclusive pela torcida, que gosta muito de mim. Não estou preocupado com isso”, explicou o jogador.

Esta não é a primeira polêmica que envolve Hulk e o Zenit. Primeiro, logo após sua chegada ao clube russo, alguns colegas de time o boicotaram por causa do seu alto salário e deixaram de falar com ele. Depois, ele teve um desentendimento com o treinador Luciano Spalletti, que o sacou do time titular em um dos jogos do clube.

Ambos os casos aparentemente estão solucionados, mas com tudo isto começou a se especular que o paraibano poderia se transferir do futebol russo para algum outro clube europeu. Sobre o assunto, Hulk desconversa. E faz mistério. Diz que não fala sobre o assunto por ora. Mas ao mesmo tempo diz de forma vaga que vai cumprir seu contrato, previsto para durar por cinco temporadas.

“Estou de férias e pretendo aproveitar o máximo possível. Não falo sobre isto por enquanto. Tudo o que sei é que tenho contrato com o Zenit e pretendo cumpri-lo”, acrescentou Hulk. (Do Globoesporte.com)