Judô brasileiro chega disposto a manter escrita

O saguão do setor de desembarque do Aeroporto de Heathrow já estava praticamente vazio após o furacão Neymar quando, tranquilamente, deu as caras em Londres a delegação que carrega nas costas a esperança de maior número de medalhas para o Brasil nos Jogos de 2012: a de judô. Com Mayra Aguiar e Leandro Guilheiro (que chegou no dia anterior) como maiores apostas, a equipe seguiu diretamente para Sheffield, no Norte do Reino Unido, onde realiza nesta quarta o primeiro treino de preparação para tentar manter uma tradição que se repete há sete edições das Olimpíadas: garantir um lugar no pódio.

Com 15 conquistas (dois ouros, três pratas e dez bronzes), a modalidade é a segunda que mais levou medalhas ao Brasil na história, atrás apenas da Vela, com 16. Entretanto, tem sido “tiro certo” desde os pódios de Luis Onmura (bronze), Douglas Vieira (prata) e Valter Carmona (bronze) em Los Angeles-1984. De lá para cá, nomes como Aurélio Miguel (ouro em Seul-1988) e Rogério Sampaio (ouro em Barcelona-1992) representam o auge de uma história vitoriosa. Em Londres, a confiança é grande na continuidade dessa tradição.

Representado em todas as 14 categorias olímpicas por conta do ranking da Federação Internacional de Judô (FIJ), algo que só aconteceu também com Japão e França, o país chega a Londres apostando na homogeneidade do grupo para quebrar o recorde de três pódios em uma única edição, como aconteceu em Los Angeles e Pequim.