ESPORTES
Polícia abre inquérito para investigar o jogador Adriano
Investigação é sobre associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. O craque teria comprado moto em nome de mãe de traficante.
Publicado em 17/03/2010 às 15:31
Do G1
A Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) abriu inquérito para investigar se o jogador Adriano teria cometido crimes de associação para o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A investigação foi aberta a pedido do Ministério Público (MP) após denúncia do jornal “O Dia”.
A reportagem afirma que o craque teria comprado duas motos, em 2008, numa loja em Vicente Carvalho, subúrbio do Rio, avaliadas cada uma em R$ 35 mil.
Mas, de acordo com a matéria, o registro de uma das motos está em nome de Marlene Pereira de Souza, mãe de Paulo Rogério de Souza, o Mica, traficante da favela Chatuba, na Penha. Contra Mica já foram expedidos sete mandados de prisão.
Jogador está no Chile
O jogador está a caminho do Chile para o jogo desta quarta-feira (17) à noite pela Libertadores da América. Mas a intenção das equipes da Dcod é entregar ainda hoje a intimação aos advogados do Flamengo para que o jogador compareça logo para depor. A data está sendo mantida sob sigilo. No, entanto, segundo o delegado, será nos próximos dias.
O departamento jurídico do Flamengo disse que só vai se pronunciar depois que ouvir Adriano. O clube não quer discutir esse assunto com o atacante antes do jogo no Chile.
Além de Adriano, serão ouvidos pela polícia a mãe de Mica e funcionários da loja onde foram vendidas as motos. Os investigadores também vão pedir ao Detran os dados cadastrais e o histórico das motocicletas.
Ministério Público pediu investigação
O Ministério Público do Rio pediu, na terça-feira (16), a instauração de inquérito policial pela Delegacia de Combate às Drogas (Dcod) para apurar “supostas práticas dos crimes de ação penal pública incondicionada” envolvendo o nome do jogador Adriano. O craque do Flamengo teria comprado uma moto e registrado o veículo em nome da mãe de um traficante, conforme reportagem do jornal "O Dia”.
O promotor de Justiça, Alexandre Murilo Graça, titular da 17ª Promotoria de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, considerou os fatos relatados na reportagem como “gravíssimos”.
Segundo a reportagem, as motos já não pertencem mais aos seus donos. O jornal mostra o documento do veículo revelando que Marlene, dez meses mais tarde, em 26 de maio de 2009, transferiu a moto que o craque comprou para um morador de Duque de Caxias.
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