Ibama dá licença prévia para nova usina nuclear no Rio

Com a licença, estatal que vai construir usina precisará cumprir mais 60 condições. Entre elas, está o monitoramento independente da radiação.

O presidente do Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Roberto Messias, assinou nesta quarta-feira (23) a licença prévia para a usina nuclear de Angra 3, no Rio de Janeiro. A licença diz que a construção é ambientalmente viável.

No documento, há 60 condicionantes que devem ser cumpridas pela Eletronuclear, estatal responsável pela construção da usina. O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, classificou na terça-feira (22) as exigências como "brutais".

Entre as exigências, estão o monitoramento indepentente da radiação, a solução para o armazenamento do lixo nuclear, a realização de obras de saneamento básico em Angra dos Reis e em Paraty e a "adoção" o Parque Nacional da Serra da Bocaina, no estado do Rio.

Segundo a Eletronuclear, para que as obras tenham início, no entanto, ainda faltam a licença de instalação da usina, que deve ser concedida também pelo Ibama, e a de construção, de responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, as chuvas não vão atrapalhar as obras da usina, desde que a concretagem da base da obra seja feita a partir do mês de setembro. O custo estimado da construção de Angra 3 é de R$ 7,2 bilhões, e a usina deve ficar pronta até 2014. Quando estiver em pleno funcionamento, serão gerados 1.400 megawatts de energia.