Enchentes deixam 980 mil desabrigados no Paquistão, diz ONU

Segundo a ONU, número dos que perderam casas pode chegar a 1 milhão. Piores enchentes da história recente do país já mataram 1,2 mil pessoas.

Do G1

Em torno de 980 mil pessoas perderam suas casas ou foram deslocadas por conta das enchentes sem precedentes que atingem o Paquistão, informaram as Nações Unidas nesta segunda-feira (2), completando que esta cifra deve atingir 1 milhão.

"Segundo uma avaliação rápida feita pelo Programa Alimentar Mundial da ONU, em quatro distritos – Nowshera, Charsadda, Mardan e Peshawar – o número de pessoas que perderam suas casas ou que estão temporariamente deslocadas chega a cerca de 980.000", afirmou o escritório de coordenação de assuntos humanitários (Ocha).

"Na medida em que a equipe continua sua avaliação em outros distritos da província, o número de pessoas afetadas poderá superar 1 milhão", completou o Ocha.

Risco de epidemias
O Paquistão enviou nesta segunda-feira equipes médicas para o noroeste do país por temor de que doenças pudessem se espalhar após as piores enchentes da história recente do país terem matado 1.200 pessoas. "Calculamos que cem mil pessoas, na maioria crianças, tenham sido afetadas pelo cólera ou por doenças gástricas", disse Syed Zahir Ali Shah, ministro da Saúde da província de Khiber Pajtunjua.

As chuvas causaram fortes inundações e deslizamentos de terra, destruindo milhares de casas e devastando terras agrícolas em uma das regiões mais pobres do Paquistão, já castigada pela violência atribuída aos insurgentes talibãs e a grupos vinculados à al-Qaeda.