Encontra parte da carga de explosivos roubada em SP

Cerca de 1,5 tonelada estava em furgão no Jaçanã, na Zona Norte de SP. Cinco assaltantes levaram 2,35 toneladas do produto na quarta (1º).

Do G1

A Polícia Civil de São Paulo encontrou nesta quinta-feira (9) no Jaçanã, na Zona Norte da capital paulista, cerca de 1,5 tonelada de explosivos, parte de uma carga roubada na última semana na Rodovia Fernão Dias. Os policiais acompanharam um furgão suspeito, onde a carga estava sendo armazenada.

Na quarta (1º), cinco assaltantes roubaram um caminhão que carregava 2,35 toneladas de explosivos de alto potencial destrutivo. A carga estava sendo transportada para duas pedreiras, uma em São Paulo e a outra em Santana de Parnaíba.

Sequestro
O motorista do caminhão roubado, Ranilson Félix da Silva, afirmou que ficou sequestrado por mais de seis horas. “Me levaram para uma casa de uma favela, tipo um cativeiro. Lá tinha uma escada. Aí na escada tinha uma portinha de um meio metro e mandaram entrar lá dentro do buraco e fiquei sentado”, disse Ranilson.

O condutor do veículo não foi agredido e acabou liberado em seguida pelos criminosos, segundo a proprietária dos explosivos, a Britanite IBQ Indústrias Químicas, com sede em Quatro Barras, no Paraná.

Durante a ação criminosa, o grupo estava em dois carros que fecharam o caminhão. Os assaltantes estavam armados.

Em nota, a empresa informou que “o caminhão, que é rastreado, permaneceu na rota por apenas oito minutos, saindo do sistema após isso. Esse fato pode ter ocorrido porque o rastreador foi desligado ou porque o veículo pode ter sido levado para uma área fora do alcance do rastreamento”.

A Polícia Rodoviária Federal, em São Paulo, diz que nenhuma legislação obriga a proteção de carga desse tipo em estradas.

O Exército também foi avisado pela Britanite sobre o assalto do caminhão com explosivos. A instituição é a responsável por autorizar a empresa a armazenar o material.

Entre os explosivos roubados estão 850 quilos de dinamite. Foram 2.720 peças, sendo 1.220 espoletas e cordéis detonantes.

A empresa fabricante do explosivo diz que o material roubado só pode ser manuseado por técnicos altamente capacitados.