Comando Geral da PM nega ações de facção criminosas em escolas

PM acredita que supostas ameaças não passaram de boatos nas redes sociais. Educação diz que aulas serão retomadas hoje

Michelle Scarione

O comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Euller Chaves, afirmou que não existe na capital a facção ‘Al-Qaeda’. Para ele, todas as supostas ameaças não passaram de boatos falsos. Ele explicou que o terror foi instaurado através de redes sociais, que afirmavam sem responsabilidade alguma que ocorreriam ataques a escolas na manhã da terça-feira (13).

“Pessoas sem responsabilidade publicaram essas mentiras. Claro que diretores e pais de alunos entraram em pânico com esse boato e o terror foi se expandido. A PM está preparada para combater qualquer tipo de crime”, afirmou o coronel.

Policiais militares estiveram em todas as escolas em que houve denúncias de supostos ataques.

Educação

A Secretaria Municipal de Educação afirmou que a prefeitura está implantando projetos antidrogas para que os alunos não sejam envolvidos em práticas criminosos. Ainda na tarde de ontem, a secretária participou de uma reunião com todos os diretores para mapear as escolas que foram alvos das falsas ameaças.

Já os técnicos da Secretaria de Estado da Educação (SEE) estiveram em escolas estaduais da capital e verificaram a situação de normalidade. A secretaria disse que as aulas acontecerão normalmente nesta quarta-feira.

A SEE informou que desenvolve, desde o início do ano, um Plano de Enfrentamento à Violência nas Escolas, que tem como meta diagnosticar o cenário e estabelecer ações começando pelas escolas da 1ª Gerência Regional de Educação, com sede em João Pessoa.

O trabalho está sendo realizado em parceria com o Ministério Público, a Prefeitura e as secretarias da Segurança Pública e Defesa Social, de Desenvolvimento Humano (SEDH), de Cultura (Secult) e da Juventude Esporte e Lazer (Sejer).

No mês de outubro serão realizadas ações nas escolas estaduais Raul Córdula (Torre), Isabel Maria (Jaguaribe), Alice Carneiro (Manaíra) e Padre Cícero Romão (Mandacaru). “A violência real já é bastante intimidadora, controladora do exercício da liberdade”, finalizou a educadora Márcia Lucena.