Região Metropolitana da capital tem mais estrutura

Além de ser a mais antiga da Paraíba, a região metropolitana de João Pessoa é também a mais estruturada.

Além de ser a mais antiga da Paraíba, a região metropolitana de João Pessoa é também a mais estruturada. Possui, desde a sua formação, um Conselho de Desenvolvimento Metropolitana (Condiam) e projetos já implementados na área de saúde (aterro sanitário) e transporte (integração metropolitana).

Segundo o secretário de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-PB), Gustavo Nogueira, o Condiam “tem caráter consultivo, normativo e deliberativo, na qual tem assento o governador do Estado e os prefeitos de cada município e representantes da sociedade civil”.

O Condiam é essencial na RM porque seus integrantes são responsáveis por elaborar o plano de desenvolvimento da região e acompanhar a execução das ações previstas no documento. Segundo o secretário, com a organização da RM de João Pessoa, conseguiu-se viabilizar parcerias com a União (Ministério das Cidades), a exemplo do Projeto Orla – que promove a organização do litoral paraibano, inclusive com a retirada de barracas e casas que ocupavam área da União.

Já o projeto do aterro sanitário metropolitano, localizado no km 93 da BR-101, se propõe a equacionar o problema da coleta, tratamento e destinação do lixo das cidades de João Pessoa, Cabedelo, Bayeux e Santa Rita. “Esse projeto trouxe vantagens como o controle ambiental, a preservação do meio ambiente e a melhoria da qualidade de vida de toda população da área metropolitana de João Pessoa”, comentou Gustavo.

A secretária de Planejamento da capital (Seplan-JP), Estelizabel Bezerra, também destacou a eficácia do projeto do aterro, que data de 2003. “Ele foi implantado quando da exigência da extinção do lixão do Róger”, informou, ao acrescentar que outra questão trazida pela RM é que não se pode mais retroceder quando se trata de soluções de trânsito e mobilidade urbana.

As ações, segundo ela, tem que considerar toda a RM, já que os veículos dos municípios vizinhos (principalmente de Cabedelo, Santa Rita e Bayeux) transitam na capital. Nesse setor, um dos avanços foi a implantação da Integração Temporal Metropolitana, em 2009.

Com a iniciativa, os usuários do transporte coletivo urbano de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Conde e Alhandra pagam a metade do valor da passagem sempre na segunda viagem. Ou seja, após desembarcar do ônibus vindo da sua cidade, na capital, o passageiro tem 30 minutos para trocar de linha sem pagar outra passagem inteira. Pelos menos 250 mil passageiros estão sendo beneficiados com o sistema.